domingo, 20 de dezembro de 2009

DECEPÇÃO EM COPENHAGUE



Terminou oficialmente no sábado, 19 de dezembro, a 15ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima, que teve como principal resultado o “Acordo de Copenhague”, elaborado por um alguns países na noite de sexta-feira e formalmente aceito pela ONU. Os meios de comunicação de todo o mundo destacaram, a decepção deixada pelo acordo mínimo de luta contra a mudança climática obtido pela COP15.


Muitos editorais afirmaram que o acordo é um verdadeiro fracasso e foi um texto costurado às pressas para salvar a honra dos organizadores. A principal crítica é que o documento não conseguiu fixar os objetivos de redução das emissões poluentes.

Sem aprovação unânime, o acordo terá como anexo uma lista de países contrários a ele. A iniciativa de “tomar nota” foi a saída encontrada para que o documento tenha status legal suficiente e seja funcional, sem que seja necessária a aprovação pelas partes.

Segundo o jornal dinamarquês ‘Berlingske”, o presidente COP15, primeiro-ministro dinamarquês Lars Løkke Rasmussen, está satisfeito com desfecho. “Temos conseguido resultados. Agora, as nações terão que assinar o acordo, e se o fizerem, o que foi acordado terá efeito imediato”, destacou.

O otimismo do primeiro-ministro dinarmaquês não é o mesmo de muitos líderes. O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva, já na tarde da sexta-feira, 18/12, havia anunciado sua frustração com a conferência do clima. “Se a gente não conseguiu fazer até agora esse documento, eu não sei se algum anjo ou algum sábio descerá neste plenário e irá colocar na nossa cabeça a inteligência que nos faltou até agora”, alertou o presidente brasileiro.

Já para o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, que nos momentos finais chefiou a delegação brasileira, o acordo é insuficiente para que os países, principalmente os mais pobres, tenham condições de agir de forma efetiva.

De acordo com o texto, os países ricos se comprometeram a doar US$ 30 bilhões, nos próximos três anos, para um fundo de luta contra o aquecimento global. O acordo prevê US$ 100 bilhões por ano, em 2020. "Isso aqui é insuficiente, vamos continuar a luta pelo planeta", disse Minc.

O ministro Carlos Minc ressaltou que esse valor que será colocado no fundo até 2012 - US$ 10 bilhões por ano - é menos do que o Brasil vai gastar para atingir sua meta voluntária de reduzir em até 39% das emissões de gases de efeitos estudo, até 2020.

Ele explicou que para atingir sua meta, o Brasil vai gastar US$ 16 bilhões por ano. "Esse valor de US$ 30 bilhões para todos é menos do que o Brasil sozinho vai gastar para cumprir as nossas metas, aprovadas pelo nosso parlamento", destacou Minc.

O documento diz ainda que os países desenvolvidos se comprometeram em cortar 80% de suas emissões até 2050. Já para 2020, eles apresentaram uma proposta de reduzir até 20% das emissões, o que está abaixo do recomendado pelo Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), que sugere uma redução entre 25% e 40% até 2020.

Para a secretária de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente e membro do IPCC, Suzana Kahn, o resultado da COP15 foi decepcionante, uma vez que os chefes de estado discutiram mais a questão econômica das nações ricas e emergentes e se esqueceram daqueles que vão sofrer dramaticamente os efeitos da mudança climáticas.

"Existem muitos países africanos, por exemplo, que irão sofrer demais com o aumento da temperatura. No entanto, parece que a discussão tomou um viés econômico e político, o que eu acho muito preocupante. A questão climática ultrapassa a fronteira ambiental. É uma questão de desenvolvimento, de justiça, de equidade", afirmou Suzana Kahn.

Principais pontos do Acordo de Copenhague:

- O acordo é de caráter não vinculativo, mas uma proposta adjunta ao acordo pede para que seja fixado um acordo legalmente vinculante até o fim do próximo ano.

- Considera o aumento limite de temperatura de dois graus Celsius, porém não especifica qual deve ser o corte de emissões necessário para alcançar essa meta

- Estabelece uma contribuição anual de US$ 10 bilhões entre 2010 e 2012 para que os países mais vulneráveis façam frente aos efeitos da mudança climática, e US$ 100 bilhões anuais a partir de 2020 para a mitigação e adaptação. Parte do dinheiro, US$ 25,2 bilhões, virá de EUA, UE e Japão. Pela proposta apresentada, os EUA vão contribuir com US$ 3,6 bilhões no período de três anos, 2010-12. No mesmo período, o Japão vai contribuir com US$ 11 bilhões e a União Europeia com US$ 10,6 bilhões.

- O texto do acordo também estabelece que os países deverão providenciar "informações nacionais" sobre de que forma estão combatendo o aquecimento global, por meio de "consultas internacionais e análises feitas sob padrões claramente definidos".

- O texto diz: "Os países desenvolvidos deverão promover de maneira adequada (...) recursos financeiros , tecnologia e capacitação para que se implemente a adaptação dos países em desenvolvimento"

- Detalhes dos planos de mitigação estão em dois anexos do Acordo de Copenhague, um com os objetivos do mundo desenvolvido e outro com os compromissos voluntários de importantes países em desenvolvimento, como o Brasil.

- O acordo "reconhece a importância de reduzir as emissões produzidas pelo desmatamento e degradação das florestas" e concorda promover "incentivos positivos" para financiar tais ações com recursos do mundo desenvolvido.

- Mercado de Carbono: "Decidimos seguir vários enfoques, incluindo as oportunidades de usar os mercados para melhorar a relação custo-rendimento e para promover ações de mitigação.

Com informações de agencias internacionais e do Ministério do Meio Ambiente


O RESULTADO DE NOSSA ENQUETE



A nossa enquete mensal terminou,‭ ‬e iniciamos uma nova.‭ ‬Durante mais de um mês,‭ ‬procuramos saber:‭ ‬A partir de reportagens da imprensa na região, transparecia que muitos moradores de Itabuna não só afirmava,‭ ‬mas aprovavam o uso de força policial como única maneira de combater a violência.‭ ‬Na nossa enquete perguntavamos:‭ ‬O que considera mais eficiente?.‭ ‬E apresentavamos‭ ‬04‭ ‬opções,‭ ‬sendo que das opções apresentadas,‭ ‬15‭ ‬pessoas disseram:‭ ‬que contra a violência só com cidadania‭; ‬Não houve nenhum voto para‭ “‬contra a violência só a força policial‭”‬,‭ ‬desmistificando a primeira impressão,‭ ‬que nos levou a fazer a enquete.‭ ‬Houve dois votos para opção que as duas medidas apresentadas acima resolveria a questão da violência e apenas‭ ‬01‭ ‬voto disse que nenhuma das opções resolveria a questão.‭ ‬Continuamos acreditando no elemento da cidadania,‭ ‬e as respostas confirmam este nosso pensamento.‭ ‬É necessário um conjunto de ações e o envolvimento de diversos atores,entre eles os governos Municipias,Estaduais e Federal na busca de soluções conjuntas que venham a garantir ao cidadão um pouco mais de segurança.‭ ‬É preciso também um maior envolvimento da sociedade,‭ ‬uma tomada de posição diante da esclada da violência.‭ ‬Não dá mais para ir‭ “‬recuando‭” ‬tentando se esconder atrás das‭ “‬cercas eletricas‭” ‬,‭ ‬das‭ “‬câmeras de segurança‭”‬,‭ ‬das grades,‭ ‬dos porteiros eletrônicos e até mesmo com os nossos‭ “‬cão de raça‭”‬.‭

A interação entre polícia e comunidade parece ser um dos aspectos imprescindíveis para avançarmos nesta caminhada.‭ ‬Como é possível melhorar essa relação‭? ‬Temos que pensar e a cada dia melhorar mais este relação.‭

Muito se fala da comunidade como um coringa e da necessidade de que a polícia conte com o apoio da mesma.‭ ‬Isso pode não ser tão simples,‭ ‬pois existem muitas comunidades e dentro de cada uma subsistem atores e grupos com interesses diversos.‭ ‬Se algum sentido tem a polícia chamada comunitária é a de facilitar regimes de conflitos por vias pacíficas,‭ ‬jurídicas ou não,‭ ‬mas com reconhecimento institucional.‭ ‬Nesse sentido funcionaria como uma instância de mediação.‭ ‬Este modelo não pode ser universalizado para todo o serviço de polícia,‭ ‬pois existem muitas formas de delinqüência,‭ ‬muitos tipos de delinqüentes e estruturas organizadas que desafiam o poder mesmo do Estado.‭ ‬Mas é uma perspectiva que tem dado certo e temos que continuar buscando novas formas.‭

O companheiro Robson Fernando do blog Consciência Efervescente nos diz que está‭ ‬mais do que hora de as pessoas,‭ ‬incluindo você,‭ ‬começarem a perceber que estão numa situação que requer imprescindível participação popular cidadã para sua resolução.‭ ‬Alienar-se,‭ ‬deixar tudo caminhando para o pior,‭ ‬esperar que alguma autoridade crie vontade e resolva sozinha tudo só é ruim.‭ ‬Não só ruim,‭ ‬como é uma vergonha.‭ ‬Um povo que se mantém estático à espera do próximo revés ou tragédia é tudo de que os bandidos precisam para triunfar impunes.‭

“Mas eu não posso fazer nada‭!”‬,‭ ‬talvez você diga.‭ ‬Como ser humano,‭ ‬digo a você o quanto é ruim e degradante estar à frente de um problema,‭ ‬um obstáculo,‭ ‬um desafio e dizer‭ “‬não posso‭”‬,‭ “‬me sinto impotente‭”‬,‭ “‬não dá‭”‬,‭ ‬em vez de ao menos dizer‭ “‬vou tentar fazer alguma coisa,‭ ‬nem que seja o mínimo‭”‬.‭ ‬Frente ao flagelo da violência das ruas,‭ ‬infelizmente essa é a opinião coletiva da população.‭ ‬E isso inclui você,‭ ‬que provavelmente disse em algum momento nos últimos meses ou anos algo parecido com‭ “‬sinto uma impotência diante disso tudo‭”‬.‭ ‬Em vez de aceitação,‭ ‬essa atitude mereceria atitudes de reparação e contrariedade imediatas‭ – ‬do tipo‭ “‬não,‭ ‬fulano,‭ ‬você não pode pensar assim‭!”‬,‭ ‬pois um ser humano que nega a luta e a perseverança está,‭ ‬sem querer,‭ ‬mostrando-se fraco perante o mundo,‭ ‬que precisa e espera que cada pessoa contribua para a edificação dele como tijolo de um castelo,‭ ‬e também a si mesmo.

‭“‬Não dá‭”‬,‭ “‬é impossível‭”‬,‭ “‬não vou conseguir‭”‬.‭ ‬Ninguém que estava no protesto contra o aumento das tarifas de ônibus de‭ ‬2005‭ ‬no centro do Recife,‭ ‬ou em Paris protestando contra a lei do primeiro emprego em‭ ‬2006,‭ ‬ou em Buenos Aires batendo panela contra a crise econômica em‭ ‬2001,‭ ‬ou na Belgrado do ano‭ ‬2000,‭ ‬na Sérvia,‭ ‬derrubando o ditador Milosevic,‭ ‬ou,‭ ‬indo mais longe,‭ ‬na revolução de independência dos Estados Unidos,‭ ‬ou na Revolução Francesa,‭ ‬pensou assim quando foi lá e mudou a situação que estava o(a‭) ‬oprimindo.‭ ‬Pode parecer uma ladainha romântica para muitos,‭ ‬mas nada disso é mentira,‭ ‬e sim demonstrações de que,‭ ‬quando um povo assume sua força,‭ ‬vai lá e faz.

‭‬Se todos,‭ ‬começando por você,‭ ‬cultivassem ao menos uma fração da determinação dos manifestantes dessas ocasiões,‭ ‬tenha certeza de que nossos inimigos públicos teriam medo de nós,‭ ‬e nunca o contrário.

‭‬Se a força vinda do humano não convence você,‭ ‬a força divina em que você provavelmente crê pode ser mais convincente.‭ ‬Posso não ser a melhor pessoa para me dirigir à fé dos cristãos,‭ ‬mas creio ter algo a dizer sobre a vontade de Deus em que se crê.‭ ‬Você que é cristão ainda não percebeu o desfavor que faz à sua Autoridade suprema quando fraqueja perante o mundo e perante suas próprias necessidades.‭ ‬Deus pode acolher os fracos,‭ ‬mas isso não quer dizer que o mesmo conceba que sejam permanentemente fracos e conformados.‭ ‬Se você quer agradar ao divino realmente,‭ ‬mostre-lhe que é um filho fortificado pela graça,‭ ‬e isso inclui abandonar as frases impossibilistas e incapazes e tornar-se um agente lutador contra os problemas que te afligem.‭ ‬Incluindo a violência que muito provavelmente já atacou você.

‬Reaja.‭ ‬Não contra o assaltante que pode balear ou esfaquear você,‭ ‬mas contra o descaso que até você ajudou a manter forte ao longo desses anos.‭ ‬Contra a falta de interesse legítimo tanto do poder público como da própria sociedade.‭ ‬É uma necessidade mais que urgente providenciar uma contribuição para fomentar as soluções válidas para esse tão sério problema.‭ ‬Pense em dar sua contribuição,‭ ‬por mínima que seja,‭ ‬como se fosse um esforço para resolver um problema pessoal.‭ ‬Do mesmo jeito que você se esforça em resolver uma pendência profissional ou se dispõe para contribuir com a cotinha da confraternização da empresa ou da faculdade.‭ ‬Pense em algo a fazer,‭ ‬ainda que pouco,‭ ‬para deixar na sociedade a sua marca positiva.

 ‬Mas como‭? – ‬você deve estar perguntando.‭ ‬A dica que posso dar é que insira nas rodas de conversa a discussão de soluções realistas para a questão e providências/contribuições individuais ou de grupo,‭ ‬incluindo aí o incentivo à manifestação pacífica.‭ ‬Caso queira criar manifestações,‭ ‬é muito possível que você ou algum companheiro conheça alguém com dinheiro e influência,‭ ‬que poderá ajudar.‭ ‬Essa personalidade será talvez decisiva para um ato cidadão grupal.‭ ‬Há ainda diversos outros meios de deixar sua marca no combate à violência,‭ ‬não só incitar manifestações pacíficas.‭ ‬Experimente aderir a alguma ONG anti-violência,‭ ‬sendo membro contribuinte,‭ ‬ou,‭ ‬se tiver tempo disponível,‭ ‬fazer trabalhos voluntários em comunidades de risco.‭ ‬Se você é professor,‭ ‬reserve alguns minutos de suas aulas e converse com seus alunos sobre como ajudar.‭ ‬Se você gosta de escrever,‭ ‬escreva artigos sobre violência urbana,‭ ‬depurando causas,‭ ‬soluções e estratégias de combate e remediação.‭ ‬Outras soluções eu convoco você a pensar ou buscar junto a quem entenda de segurança pública e contribuições cidadãs.

‭‬O futuro da sociedade depende de você muitíssimo mais do que você sempre pensou.‭ ‬Dizer que não pode fazer nada‭ – ‬quando pode sim,‭ ‬se cultivar a vontade necessária‭ –‬,‭ ‬ou evitar tocar no assunto,‭ ‬em nada vão ajudar e são comportamentos viciados que devem ser visceralmente combatidos.‭ ‬Se você quiser realmente uma cidade,‭ ‬estado e país mais seguros e pacíficos,‭ ‬deverá fazer algo a respeito.‭ ‬Desejo não realizado é o mesmo que não-desejo.‭ ‬Esperar por Deus,‭ ‬pela polícia,‭ ‬por esses governos que não funcionam sem a devida incitação popular não vai ser útil em nada.‭

Arregace as mangas e seja um cidadão.‭ ‬Ao menos TENTE fazer algo,‭ ‬para depois poder dizer de peito aberto que fez o que podia.‭ ‬Isso é que vai fazer toda a diferença para o país onde você quer viver.‭


Estamos com uma nova enquete,participe,colabore dando sua opinião.‭

UM FELIZ E SOLIDÁRIO NATAL


quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

FREI JOAQUIM CAMELI - 55 ANOS DE SERVIÇO AO EVANGELHO

Uma missa ás 19:00 horas do dia 18 de dezembro de 2009, na Igreja Santa Rita de Cássia no Bairro São Caetano, em Itabuna – Bahia, marcará os 55 anos de vida sacerdotal do frade capuchinhos Frei Joaquim Cameli.


Frei Joaquim nasceu no dia 01 de abril de 1930 em Ripatransone, Itália, e aos 24 anos de idade foi ordenado Padre, da Ordem dos Frades Capuchinhos. No primeiro dia de fevereiro de 1967, Frei Joaquim Cameli, assume como Superior e primeiro pároco a recém criada Paróquia de Santa Rita de Cássia no Bairro São Caetano que com a prescrição para a entrada em Canaã (observareis todos os mandamentos que hoje vos prescrevo), em 19 de fevereiro de 1967 toma posse, em Missa Solene concelebrada pelos Reverendos: Frei Joaquim Cameli, Frei Apolônio, Frei Maurício e Frei Justo. Na oportunidade Frei Justo agradece a colaboração recebida de todos e em seguida faz a entrega de estola ao novo Vigário, que entusiasmado manifesta sua boa vontade de trabalhar espiritualmente e materialmente em prol da Paróquia, o que cumpre até os dias atuais.

Ao assumir como vigário, Frei Joaquim Cameli com a participação dos religiosos, comunidade e público em geral, deu continuidade a construção da Igreja Matriz. Nos seus vinte e um anos como vigário realizou muitas almas. Como exemplo pode-se citar a construção de 14 Capelas distribuídas nas diversas comunidades e todos os meses celebrava uma Missa em cada uma delas. Hoje, algumas destas comunidades já foram desmembradas da área inicial da Paróquia Santa Rita de Cássia e possuem vida paroquial própria.

Em 1988, Frei Joaquim em cerimônia bastante concorrida, foi substituído pelo Frei José Raimundo da Silva Oliveira que, seguindo os passos do seu antecessor, continuou a grande obra benfazeja. Frei Joaquim foi transferido para a cidade de Jaguaquara onde também manteve o seu estilo de Evangelizador e construtor. No ano de 2006 retornou a sua Paróquia amada onde atua até os dias de hoje.

Desde o dia 18 de dezembro de 1954 quando recebeu a sua ordenação, o Frei Joaquim dedicou todo os seus 55 anos de sacerdócio ao serviço do Evangelho. Testemunhando de forma genuína e motivadora a mensagem de Jesus, praticando os seus mandamentos e transformando a vida de todos aqueles que tem a felicidade de conviver com ele. Deste 55 anos de serviço ao Evangelho mais da metade são dedicados a Paróquia Santa Rita de Cássia.

Toda a cidade de Itabuna, ou sendo mais ousado, toda a região é gratificada pela presença deste seguidor de Francisco de Assis, que ao longo dos anos vem ensinando a todos, os princípios de seus Mestres (Jesus Cristo e Francisco de Assis), e ainda hoje, nos leitos dos hospitais, nas comunidades religiosas e os agraciados paroquianos de Santa Rita de Cássia podem desfrutar dos seus ensinamentos, das suas palavras generosas e do seu testemunho cativante.

Agradecemos a Deus por nos ter presenteado com a presença deste Ser iluminado em nosso meio. Pedimos ao Pai que o mantenha firme na sua jornada e diante de um mundo tão sem esperança que a sua presença e o seu testemunho nos sirva como sinal de Esperança e possibilidade de um novo mundo possível.

Haroldo Heleno

Coordenador Paroquial.



segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

AQUI É SÓ SUCESSO

É preciso valorizar os nossos talentos. E também rir um pouco, para refazermos as energia para enfrentar os desafios que o dia -a-dia nos apresenta...



acesse o link e curta o vídeo....
Um sucesso em uma voz inesquecivel

sábado, 12 de dezembro de 2009

COPENHAGUE EM FOCO



Photo

Por Sunanda Creagh e John Acher
COPENHAGUE (Reuters) - Milhares de ativistas protestaram em Copenhague no sábado como parte do evento mundial "Dia de Ação", para exigir que negociadores na conferência da ONU sobre mudança climática firmem um acordo ambicioso para a luta contra o aquecimento global.
"Não há um planeta B" e "Mude a política, não o clima" eram algumas das faixas carregadas por manifestantes na capital dinamarquesa. Alguns ativistas estavam vestidos de urso polar e pinguins com placas dizendo: "Salvem os humanos!"
Um boneco de neve inflável gigantesco foi usado para protestar contra a ameaça causada pela queima de combustíveis fósseis que o painel de cientistas do clima da ONU afirma irá trazer desertificação, enchentes, ondas de calor e elevação do nível do mar.
O protesto foi feito em clima de carnaval, mas tropas de choque prenderam cerca de 400 ativistas após vidros terem sido quebrados com o lançamento de garrafas. Os manifestantes foram forçados a sentar no chão e tiveram as mãos amarradas.
As estimativas sobre o número de manifestantes variam de 25 mil, segundo a polícia, a 100 mil, segundo os organizadores, que esperam pressionar os 110 líderes presentes no encontro na capital entre 17 e 18 de dezembro.
"Eles marcharam em Berlim e o muro caiu. Eles marcharam na Cidade do Cabo, e o muro caiu", disse o arcebispo sul-africano Desmond Tutu aos manifestantes. "Eles marcharam em Copenhague, e nós vamos conseguir um acordo real", acrescentou.
"Há muito pelo que lutar na semana restante de negociações", disse Kumi Naidoo, do grupo ativista "TicTacTicTac". Os organizadores da marcha querem que a cúpula consiga um acordo legal completo, o que muitos governos dizem estar fora do alcance.
Milhares de australianos promoveram a "Marcha contra o Aquecimento" e ativistas disseram que 4.000 eventos aconteceram de Fiji aos Estados Unidos, para mostrar apoio a metas para grandes reduções de emissões de gases de efeito estufa.
O principal grupo de ativistas de Copenhague percorreu seis quilômetros da cidade até o Bella Center, onde os negociadores se encontraram, e mantiveram uma vigília a luz de velas.
Caroline, uma dinamarquesa de 7 anos, carregava uma placa feita em casa dizendo: "Tome conta do nosso mundo até eu crescer."
"Agora é hora de pensarmos nas gerações futuras", disse o nepalês Sherpa Pertamba, que chegou à Dinamarca para participar de protestos com um grupo de 40 montanhistas.
No salão de conferência de Copenhague, delegados afirmaram ter avançado em algumas frentes, mas as principais decisões sobre cortes de emissões e financiamento para países em desenvolvimento devem esperar até a chegada dos líderes para a cúpula.
"Nós conseguimos um progresso considerável nesta semana", disse a ministra dinamarquesa do clima, Connie Hedegaard, que presidiu as negociações.
Os delegados afirmaram que negociadores haviam avançado na elaboração de alguns textos como os que definem novas tecnologias verdes, como energia eólica e solar, que podem ser fornecidas a nações em desenvolvimento e também sobre a promoção do uso de florestas para sequestrar gases de efeito estufa.
Os delegados disseram haver divisões profundas em alguns tópicos como o levantamento de fundos para nações em desenvolvimento e divisão de responsabilidades pela redução de emissões.

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

NOTA DA CNBB SOBRE A CONFERÊNCIA DE COPENHAGUE


A Irmã Delci Franzer, (Assesora  da Comissão Episcopal Pastoral para o Serviço da Caridade, Justiça e da Paz) está  nos convocando a tomarmos iniciativas e promovermos os atos sugeridos na Nota da CNBB sobre a Conferência de Copenhague. E fazermos deste momento uma oportunidade de informação e formação das nossas comunidades, grupos, pastorais, movimentos e outras organizações sociais.
A CASA é comum. A AÇÃO PROFÉTICA, SOCIAL E POLÍTICA frente às mudanças climáticas provocada pelo aquecimento do Planeta é URGENTE E DA RESPONSABILIDADE DE TODOS.

Vamos divulgar essa Palavra da igreja no Brasil nos meios de Comunicação, nas celebrações das comunidades e nos atos a serem realizados.

Com a sua participação, também da sua pastoral, da sua comunidade, Congregação e organização social, precisamos articular as lideranças da Igreja Católica e demais confissões religiosas para realizarmos o gesto simbólico do REPIQUE DE SINOS, em comunhão com os povos de outros continentes do nosso Planeta Terra.

Leia a nota da CNBB na integra:



A CAMPANHA FICHA LIMPA CONTINUA



O Conselho Episcopal de Pastoral da CNBB (Consep) divulgou, no último dia 10/12/2009, nota exigindo “um basta à vergonhosa situação de corrupção” que atinge o país.

A nota da CNBB, se alinha a nossa Campanha desenvolvida aqui na região em especial na cidade de Itabuna, quando se deu o grito: “Fora políticos de ficha suja” , realizado durante a semana da Pátria deste ano, veja mais informação:
http://conselhodecidadania.blogspot.com/2009/09/fora-politicos-de-ficha-suja-foi-o.html

Os Bispos se referiram também às denúncias de corrupção no governo do Distrito Federal “em que agentes públicos, eleitos para promover o bem comum, são descobertos repartindo o fruto de seu crime”.

Veja a nota da CNBB na integra:
http://www.cnbb.org.br/ns/modules/news/article.php?storyid=2712




quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

O TEMPO E O CÃO

Um texto enviado pelo Frei Gilvander, é um santo colírio que cura cegueiras nossas.

Em seu último livro, O Tempo e o Cão – a atualidade das depressões (Boitempo, 2009), a psicanalista Maria Rita Kehl nos provoca com uma hipótese sobre a qual vale a pena pensar: a depressão, que vem se tornando uma epidemia mundial desde os anos 70, pode ser a versão contemporânea do mal-estar na civilização. Ela teria algo a dizer sobre a forma como estamos vivendo e sobre os valores da nossa época. Para além da patologia, a depressão pode ser vista também como um sintoma social.

"Para mim, que acordo todos os dias – e especialmente na segunda-feira – pensando em como não sentir mal-estar em um mundo tão brutal, que exige uma velocidade que me rouba a vida, fez todo o sentido. Só consigo viver por que a cada dia minha questão crucial não é me adaptar a um tempo que não é o meu. Mas encontrar formas de me recusar a viver segundo valores que para mim não fazem sentido. É esta busca – e esta insubordinação – que me mantém em pé, ainda que cambaleando, às vezes, como o cachorro atropelado por Maria Rita, e até caindo, de tempos em tempos".


terça-feira, 8 de dezembro de 2009

UM RÉU REINCIDENTE


Pe. Alfredo J. Gonçalves, CS
O réu reincidente é o mensalão. Epidemia contagiosa que parece ter penetrado fundo no DNA da política brasileira, especialmente nos últimos anos. Mudam os personagens, mudam os lugares e circunstâncias, mudam as imagens, mas o cenário é sempre o mesmo: o palco controvertido da ação pública. Por meio de conversas e vídeos gravados, pela investigação da imprensa ou da polícia federal, o que está oculto vem à luz do dia. Desfilam então diante de nossos olhos, recheadas de dinheiro, meias e cuecas, malas e sacolas, bolsos e bolsas... Seria até humorístico, se não fosse trágico.
Não é ocioso refrescar a memória. Primeiro, foi o mensalão do governo federal (PT no meio do redemoinho); depois, veio o mensalão do governo estadual de Minas Gerais (PSDB no meio do redemoinho); por fim, estamos às voltas com o mensalão do governo do Distrito Federal (DEM no meio do redemoinho). Em todos eles, mensalão define-se como um pagamento regular e periódico a determinados políticos, com o objetivo de comprar sua influência, em beneficio de interesses particulares. Interesses sempre escuros e escusos, que revelam batalhas e disputas travadas nos bastidores, em que os demais partidos, direta ou indiretamente, também estão envolvidos.
Diante dos tribunais da mídia e da opinião pública, vão desfilando rostos conhecidos, de cidadãos respeitados, legitimamente eleitos nas urnas, pretensos representantes da população. Porém, diferentemente de outros criminosos, não aparecem como réus, raramente comparecem aos tribunais do Poder Judiciário, e menos ainda às celas do sistema penitenciário. Embora muitas vezes as provas sejam contundentes, o poder revestido de dinheiro e influência banca excelentes advogados. Esgotam-se todos os recursos previstos em lei, até que o delito, qual fruto podre, cai no esquecimento. Réu é o mensalão, não seus beneficiados.
É bem verdade que o espírito evangélico condena o pecado, procurando salvar o pecador. Mas para isso há uma conditio sine qua non: que ele esteja profundamente arrependido e disposto a emendar-se. Não é exatamente o que se vê nestes casos. Ao contrário, em lugar de olhar de frente a culpa, prevalece uma tentativa de desqualificar o acusador, chegando ao ponto de colocá-lo no banco dos réus. O Ministério Público contabiliza várias dessas tentativas. No fundo, se o mensalão é reincidente é porque alguém o nutre e sustenta. Alguém que, em não poucos casos, retorna à política premiado por milhões de votos, em geral obtidos de forma nada transparente.
Da mesma forma que o crime organizado, o narcotráfico e a violência no campo e na cidade, o mensalão prolifera porque conta com o silêncio de uns, a cumplicidade de outros e a impunidade da justiça. A comparação parece exagerada? Talvez sim e talvez não! Basta ver o que causa maior estrago na sociedade: o tráfico de seres humanos, de armas e de droga, por um lado, ou o mau uso do dinheiro público, por outro? Difícil ter aqui uma resposta precisa, em termos estatísticos confiáveis. Mas uma coisa é certa: se o crime organizado e a violência destroem milhares de vidas e de famílias, o desvio do erário público multiplica carências e precariedade nos sistemas de saúde, educação, transporte coletivo, segurança, e assim por diante. Impede o desenvolvimento de políticas públicas sérias e sólidas, as quais acabam sendo substituídas por políticas compensatórias, vale dizer “migalhas e esmolas”. Também é certo que um crime favorece, encobre e fortalece o outro. Ambos se mesclam e entrelaçam na corrosão do tecido social e da democracia.
Mais grave ainda, quando aqueles que foram eleitos para garantir a ética no exercício da política corrompem ou se deixam corromper, abrem as portas a todo tipo de crime. Qualquer atitude perniciosa, se e quando vinda de uma autoridade, tem mais repercussão e, por isso mesmo, maior poder de contaminação e destruição. A verdade é que o vírus da corrupção, histórico e estrutural no Brasil, ganha contornos preocupantes nos exemplos do mensalão. Pior quando vem protegido por uma espécie de corporativismo – para não falar de promiscuidade – de representantes dos três poderes. Pobre de nossa democracia!
Há vacina contra essa epidemia? Qual o antídoto a ser utilizado? O único remédio é a consciência popular, pessoal e coletiva. Não basta depositar o voto na urna. Do jeito que as coisas estão, e dada a correlação de forças no contexto sócio-econômico, corremos o risco de eleger aquele que cedo ou tarde irá nos trair, independentemente de sua vontade. Salvo, é claro, raras e ilustres exceções!
É preciso votar e, ao mesmo tempo, construir novos canais e formas de controle, seja do uso do poder público, seja do orçamento de municípios, estados e da União. A via parlamentar, se não quiser tornar-se para lamentar, deve ser acompanhada de instituições sociais críticas e autônomas, extra-partidárias, com instrumentos e mecanismos próprios de ação política. Podemos citar o exemplo dos Conselhos Populares, quando não são controlados pela influência dos políticos e de seus compadres.

segunda-feira, 7 de dezembro de 2009

DOCUMENTO FINAL - 1º SEMINÁRIO JUVENTUDE INDÍGENA




JUVENTUDE PARTICIPATIVA, CIDADANIA GARANTIDA.

Nós jovens indígenas Tupinikim e Guarani do estado do Espírito Santo, Pataxó Hã Hã Hãe, Tupinambá de Olivença, e Pataxó povos da Bahia, e Pataxó de MG, com a participação do CIMI e outros parceiros aliados, realizamos nos dias 04, 05 e 06 de dezembro de 2009, na aldeia indígena Pau Brasil, no município de Aracruz no Espírito Santo o 1º seminário da juventude indígena Tupinikim/Guarani, como o seguinte tema: “Juventude participativa, Cidadania Garantida”.
Durante o encontro em forma de oficias e trabalhos em grupos discutimos e aprofundamos os seguintes temas: “Terra, produção e sustentabilidade para a juventude”, “Juventude, sexualidade e saúde”, ‘‘Juventude, cultura e mundo moderno”, “Organização, formação e cidadania superando a desigualdade na diversidade”. pós o aprofundamento dos temas e discussões na plenária percebemos que a terra continua sendo para nós a grande prioridade da luta, e que nós jovens somos convocados a continuar a lutar pelas conquistas e garantia de nossos territórios. Esta luta tem significado a criminalização de nossas lideranças, a perseguição e o preconceito da Sociedade não indígena que tenta negar e retirar os nossos direitos. As oficinas apontaram para a necessidade de um maior investimento de nossas lideranças, dos nossos parceiros e aliados na formação e capacitação de nós jovens. É preciso também que nós tomemos consciência de nosso papel e posamos assumir com responsabilidade as tarefas que nos forem confiadas e assim ocuparmos os espaços de luta, trazendo a certeza de que estamos construindo a continuidade dos projetos de vida de nossas comunidades. Refletimos também que o mundo moderno (Internet, TV, Músicas,etc) nos apresentam uma série de possibilidades, mas também riscos e perigos e que a nossa cultura é o elemento que nos e ajudará e manterá as nossas comunidades na construção de um futuro melhor, portanto precisamos vivenciar e fortalecer ainda mais as nossas tradições e culturas, buscando o conhecimento nas nossas raízes (anciões). Percebemos também uma enorme deficiência na FUNASA causando sérios problemas as nossas comunidades como por exemplo: demora na marcação e entrega de exames, falta de medicamento, distribuição de remédios vencidos, a falta de transportes e equipes desqualificadas. Vimos a necessidade da criação de programas que invistam mais na questão da cultura, da educação e do lazer como forma de afastar os jovens do perigo do mundo moderno. Por fim no processo de organização e formação dos jovens vimos a necessidade da criação de núcleos, departamentos e espaços que valorizem e proporcionem a participação da juventude, tais como: nas associações comunitária e a APOINME .
Diante dessas profundas reflexões definimos por:
• solicitar das autoridades competentes a imediata homologação das terras Tupinikim e Guarani no Espírito Santo;
• Urgente retorno do julgamento da ação de nulidade de títulos do território dos Pataxó Hã Hã Hãe e a conseqüente devolução de suas terras;
• Apoio ao povo Pataxó no extremo-sul da Bahia que luta pela revisão e ampliação dos seus territórios;
• Denunciando o processo de criminalização contra as nossas lideranças e solicitamos que medidas sejam tomadas para evitar que situações como a publicação da revista Época (que de forma preconceituosa e racista, difamou e criminalizou o cacique Babau e o povo Tupinambá de Olivença), uma prática que tem se tornada comum na grande mídia do Brasil, não voltem a se repetir;
• Apoiamos a luta do povo Tupinambá de Olivença pela conquista e demarcação de suas terras, e que sejam tomadas providências que evitem a perseguição aos nossos parentes;
• Solicitamos agilidade na aprovação do estatuto dos povos indígenas;
• A criação imediata do Conselho Nacional de Políticas Indigenista
• O estabelecimento de políticas públicas específicas para a juventude indígena nos âmbitos nacional, estadual e municipal.

Entendemos que a nossa cidadania só será garantida na medida que a juventude for participativa. Acreditamos que um novo mundo é possível e queremos construí-lo com o nosso envolvimento e participação.


ALDEIA DE PAU BRASIL/ ARACRUZ- ES
06 DE DEZEMBRO DE 2009.

JUVENTUDE PARTICIPATIVA, CIDADANIA GARANTIDA.



Jovens Indígenas dos povos Pataxó, Tupinambá de Olivença e Pataxó Hã-Hã-Hãe da Bahia, Tupinikim e Guarani do Espirito Santo e Pataxó de Minas Gerais se reuniram na Aldeia Pau Brasil do Povo Tupinikim no município de Aracruz no Espírito Santo, entre os dias 04 a 06 de dezembro de 2009, para discutirem suas realidades, lutas e sonhos.

Durante estes três dias, os jovens indígenas presentes no evento buscaram o objetivo de criarem uma maior conscientização do seu papel no fortalecimento de suas organizações, ampliando os espaços de participação e articulação de suas lutas. E através de uma metodologia interativa e de bastante troca de experiência concretizaram os objetivos específicos do encontro que eram: Garantirem a união e a integração dos jovens a fim de mostrar que são capazes de elaborar e desenvolverem seus projetos; Ampliar a participação dos jovens na organização das comunidades; Contribuir nos programas desenvolvidos nas comunidades indígenas; Conhecer e valorizar o conhecimento tradicional dos povos indígenas; Construir uma juventude organizada e consciente de seu papel na luta pelos seus direitos e de seus povos.

Tendo como tema motivador “Juventude organizada, Cidadania Garantida” eles realizaram diversas oficinas: “Terra, produção e sustentabilidade para a juventude”, “Juventude, sexualidade e saúde”, ‘‘Juventude, cultura e mundo moderno”, “Organização, formação e cidadania superando a desigualdade na diversidade”. O documento final do encontro dá um pouco a dimensão das discussões e do nível de aprofundamento do evento e do resultados destas oficinas. Vale ressaltar também o intenso clima místico e de profunda alegria produzido pelos jovens desde o primeiro dia.

A delegação da Bahia, formada pelos Pataxó Hã-Hã-Hãe, Tupinambá de Olivença e Pataxó do Extremo sul teve um grande destaque, primeiro pela quantidade de jovens que levaram (45), depois pela experiência que puderam socializarem no Seminário, a partir dos vários seminários que já realizaram. Destaque também para os caciques jovens que se fizeram presente no encontro, Romildo (Pataxó de Minas) e Marcos (Pataxó da aldeia Pequi Na Bahia).
A participação das lideranças Tupinikim de Pau Brasil, apoiando e incentivando o evento, e a organização promovida pela equipe de coordenação dos jovens Tupinikim para um evento desta proporção deve ser destacada e parabenizada.
Antenados com as lutas dos povos indígenas no Brasil o Documento Final, principalmente nas suas reividicações, e a moção ao povo Tupinambá, demonstram o grau de Participação da juventude indígena presente no seminário.
Por fim, podemos afirmar com toda convicção, que os objetivos estabelecidos para o Seminário foram alcançados na sua totalidade. E que portanto a Garantia de uma cidadania plena para estes povos se concretizam mais plenamente quando a JUVENTUDE É PARTICIPATIVA.

Itabuna, 07 de dezembro de 2009
Equipe Itabuna
Conselho Indigenista Missionário

quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Carta dos atingidos pelo BNDES


Somos indígenas, quilombolas, camponeses, ribeirinhos, pescadores, trabalhadoras e trabalhadores do Brasil, Equador e Bolívia, reunidos no I Encontro Sul-Americano de Populações Impactadas por Projetos financiados pelo BNDES.
Somos, todas e todos, atingidos por estes projetos, sobre os quais nunca fomos consultados e que são apresentados para nós como empreendimentos que irão trazer progresso e desenvolvimento para o Brasil e para América do Sul. São projetos financiados pelo BNDES, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social, voltados para o monocultivo de cana de açúcar e eucalipto, para a produção insustentável de carne, para a exploração de minério, para a construção de fábricas de celulose, usinas de produção de agroenergia, siderúrgicas, hidrelétricas e obras de infraestrutura, como portos, ferrovias, rodovias, gasodutos e mineriodutos. Estes têm afetado direta e profundamente nossas vidas, em especial das mulheres, nos expulsam das nossas terras, destroem e contaminam nossas riquezas, que são os rios, florestas, o ar e o mar, dos quais dependemos para viver, afetam nossa saúde e ampliam de forma permanente a exploração sobre os povos de nossos países.
Os investimentos crescentes do BNDES, que apenas em 2009 podem ultrapassar os R$ 160 bilhões de reais, utilizando recursos do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e do Tesouro Nacional, estão servindo para aumentar os lucros de um grupo reduzido de algumas dezenas de grandes empresas de capital nacional e internacional. Enquanto isso, a apropriação por parte dessas empresas dos nossos territórios, da água, das florestas e da biodiversidade ameaça não só a segurança alimentar das nossas comunidades, mas também a soberania alimentar, mineral e energética dos nossos países. Dessa forma, os financiamentos promovem uma integração da América do Sul que se baseia em uma forte concentração do capital, no controle e na privatização de territórios de uso comum e na exportação dos bens naturais do nosso continente.
Por diversas vezes, buscamos as autoridades para protestar contra o financiamento do BNDES a estes projetos, mas nossos argumentos são invariavelmente desconsiderados. Na verdade, o que constatamos é o comprometimento da grande maioria do Executivo, Legislativo e Judiciário com a defesa destes projetos, que promovem a constante violação dos nossos direitos. Enfrentamos cada vez mais dificuldades para a demarcação de nossas terras indígenas e quilombolas, a realização da reforma agrária e a obtenção de empregos com garantia de direitos, no campo e nas cidades. Denunciamos a verdadeira ofensiva de ameaças, perseguição e criminalização que estamos sofrendo, que já custou a vida de inúmeros companheiros e companheiras na luta pela defesa do nosso território, dos nossos rios, mares e matas.
Nossa troca de experiência explicita que há um bloco, formado por grandes empresas multinacionais, o Estado e os grandes meios de comunicação, que cria, promove e se beneficia dos projetos que o BNDES financia. O principal argumento do BNDES para justificar estes financiamentos – a geração de empregos – é falso. Os projetos financiados destroem milhares de formas de trabalho nas comunidades impactadas e os empregos criados pelos financiamentos, além de insuficientes, aumentam a superexploração do trabalho, o que inclui muitas vezes a prática do trabalho escravo. As grandes obras de infraestrutura e a reestruturação dos processos produtivos, que automatizam e terceirizam a produção, afetam ainda mais os trabalhadores e as trabalhadoras. O resultado é um grande contingente de desempregados e lesionados, com direitos cada vez mais reduzidos.
Nossa luta é pela vida e contra a morte que os projetos do BNDES têm promovido através dos seus financiamentos. Lutamos por uma inversão da lógica de acumulação capitalista e do lucro, causadora da crise ambiental, climática, econômica e social que vivemos, de modo a garantir o respeito à dignidade e à diversidade dos modos de vida das populações sul-americanas.
Perante essa situação, nos comprometemos a:
Prosseguir em nossa luta em defesa da nossa terra, ar e água, certos de que esta será a principal ferramenta para resistirmos aos projetos financiados pelo BNDES.
Socializar com nossas comunidades e movimentos e com todo o povo dos nossos países todas as informações e denúncias relatadas neste encontro e incentivar o trabalho de formação nas nossas regiões no Brasil e na América do Sul sobre o papel do BNDES e dos governos que promovem o atual modelo, chamado de desenvolvimento, mas a serviço da acumulação de lucros de grandes empresas multinacionais.
Articular e fortalecer cada vez mais nossas lutas contra os projetos de barragens, monoculturas, celulose, agrocombustíveis, agropecuária, mineração, infraestrutura e siderurgia, buscando fortalecer nossa resistência.
Exigir do BNDES critérios socioambientais transparentes que não se restrinjam à legislação ambiental e ao ‘ambientalismo de mercado’, incorporando critérios de equidade que respeitem a diversidade dos modos de vida e de produção já existentes nos territórios. Além disso, exigimos o respeito aos direitos humanos e a aplicação com rigor de todos os tratados e convenções ratificados por nossos países.
Denunciar as graves conseqüências destes projetos sobre os povos indígenas nos nossos países, apoiar e incentivar as suas lutas contra os projetos que destroem seus territórios, bem como exigir a imediata demarcação e desintrusão das terras indígenas.
Fiscalizar as irregularidades das empresas financiadas pelo BNDES.
Exigir do BNDES transparência e acesso irrestrito ao conjunto das informações dos financiamentos.
Responsabilizar o BNDES e os governos pelos prejuízos causados pelos projetos que o Banco financia e exigir a suspensão do financiamento a empresas que violam direitos, degradam o meio ambiente e as condições de trabalho.
Fortalecer nossa luta por um projeto popular que possa gerar perspectivas para todos, e principalmente para a juventude, para que não abandonem nossos territórios ameaçados pelos projetos financiados pelo BNDES.
Lutar, em nossos países, por uma forte integração dos povos, pela economia solidária, pelo respeito aos nossos direitos, pela garantia da nossa soberania, pelo bem-estar das comunidades e pela integridade dos nossos territórios.
Exigimos que o BNDES seja um instrumento para fortalecer este novo projeto de sociedade.
Rio de Janeiro, 25 de novembro de 2009

Matéria da Rede Nacional de Jornalista Populares

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

A VIOLÊNCIA EM ITABUNA


*Egnaldo França

Há tempos que a cidade de Itabuna – BA vem sofrendo com um mal vivido pela maioria das grandes cidades brasileiras: a violência. Não sabemos se já chegamos ao “fundo do poço” (se é que esse poço tenha fundo), mas temos a certeza da ineficácia da Política de Segurança Pública e das demais políticas sociais atribuídas a esta população.
Nos idos do fim da década de 80 e início da década de 1990 o Bispo Dom Paulo Lopes de Farias, da Diocese de Itabuna, já denunciava o que ele chamou de grupo de extermínio, o qual vitimou grande parcela da juventude nas periferias desta cidade. Paralela à crise na lavoura cacaueira já sinalizava, nesta época, o “inchaço” das comunidades periféricas e o aumento da pobreza. Mais de 20 anos se passaram e a realidade destas localidades está cada vez pior. Na ultima terça feira, 24 de novembro, Ministério da Justiça e Fórum Brasileiro de Segurança Pública apresentaram uma pesquisa sobre a exposição de jovens à violência no Brasil e a cidade de Itabuna figura como a mais violenta do país.
Há tempos o Movimento Negro de Itabuna vem observando os dados da Secretaria de Segurança Pública da Bahia que já apontava esta cidade entre as mais violentas do Estado, com uma média de 15 assassinatos ao mês. O mais agravante é que as vítimas de homicídios dolosos, na maioria dos casos, são adolescentes, entre 14 e 16 anos, negros e como nas demais cidades, moradores da periferia e as “autoridades competentes” se mostram ineficientes e, de serta forma omissas diante das mazelas vividas pela população da periferia.
Neste mês de novembro o Coletivo de Entidades Negras de Itabuna promoveu uma série de debates, cujo tema central foi O JOVEM NEGRO NA PERIFERIA DOS IREITOS - “Discutindo Políticas de Segurança Pública”, a primeira atividade ocorreu na Câmara de Vereadores desta cidade, di 31 de outubro e foi convidado Poder Executivo Municipal e seus secretários, vereadores, o alto Comando das Polícias Militar e Civil, OAB, Diocese de Itabuna, Ministério Público, Universidade Estadual de Santa Cruz, DIREC-7, Conselho Tutelar da Criança e do Adolescente, Imprensa; Entidades do Movimento Social e Movimento Negro de Itabuna e comunidade em geral - com o objetivo de discutir os rumos que tem tomado a violência neste município e como tem se configurada a política de proteção ou contenção e refletindo também as praticas de discriminação ao qual está submetida a população da periferia.
Desses convidados compareceu, apenas, o Tenente Carlos Araujo do 15º BPM, o Conselho Tutelar da Criança e do Adolescente, representando a Secretaria Municipal de Educação o Diretor do setor de Relações Étnico - Raciais, Paulo Alves, setores da imprensa e os representantes dos movimentos. Os demais se furtaram de comparecer, o que prova a forma como o caso vem sido tratado nesta cidade. Durante o mês de novembro tivemos programação dia 13 no Ponto de Cultura - ACAI e no Auditório do Sindicato dos Comerciários, dia 17 no Auditório da Torre da UESC, dia 19 ao lado da Prefeitura (no monumento à Zumbi), e dia 20 na Av. do Cinqüentenário com a CAMINHADA DA CONSCIÊNCIA NEGRA e nenhum desses convidados (autoridades) compareceram. Foi alertado durante todo esse mês esta problemática, o que, de seta forma, foi ignorado, até que no fim do mês Itabuna é notícia em rede nacional como a cidade mais violenta do país.
A cidade em estaque está em perfeita sintonia com a conjuntura nacional, uma vez que o índice de evasão escolar nas Escolas do Estado beira o absurdo. Nas Escolas do Município chega a ser vergonhosa a situação da EJA – Educação de Jovens e Adultos. O Ministério Público que tem feito visitas a algumas dessas instituições escolares não está atento a situação do estudante noturno e também não tem se pronunciado em relação às verdadeiras chacinas que tem ocorrido em Itabuna.
Os jovens já se dizem tão “acostumados” a esta situação que assassinato, violência policial e outros descasos é uma realidade “comum” nas periferias...
Está mais que na hora dessas autoridades que se dizem competentes tomar uma atitude em caráter de URGÊNCIA! A população em geral precisa acordar para essa realidade, pois, se continuar como está, continuaremos ser notícia nacional nos piores índices que pudermos imaginar.

* Egnaldo Ferreira França
Projeto Encantarte
Graduando do Curso de História / UESC

MAIS UMA DAS ORGANIZAÇÕES GLOBO


A comunidade Tupinambá da Serra do Padeiro divulga documento repudiando a repugnante reportagem publicada pela revista época, com um conteúdo altamente tendencioso e preconceituoso. Como com certeza o Documento da Comunidade não será divulgado pelos meios de comunicação local, estamos disponibilizando o documento abaixo.

Da comunidade Serra do Padeiro

Para: Sexta Câmara, FUNAI, Ministério da Justiça, Secretária de Justiça do Estado da Bahia, Câmara de Deputados da Bahia, Governo do Estado da Bahia, Comissão Nacional de Direitos Humanos, e demais autoridades.

Para: APOINME, CNPI, CIMI, ANAI, CESE e demais parceiros.


Prezados Senhores.

Viemos por meio desta externa toda nossa indignação e revolta com a matéria publicada na revista época de 23 de novembro de 2009, quando de forma preconceituosa e difamatória tenta retratar a nossa liderança como um Lampião. A repórter Mariana Sanches e o fotografo Marcelo Min, tiveram a oportunidade de conhecer muito de nossa comunidade, as nossas produções, as nossas casas de farinhas, o nosso colégio, as nossas crianças. Tiveram a oportunidade de desfrutar de toda nossa hospitalidade e conhecerem muito de nossa luta pelo resgate de nossas terras. Mas de forma mentirosa desviou todas as nossas informações, mudando inclusive muita das informações prestadas.
Apesar de nossa revolta com a matéria da época, este tipo de atitude da revista não é nenhuma novidade para a comunidade Tupinambá, pois aqui na região os jornais locais, as rádios em especial as AM, a televisão constantemente fazem isto, nos tratam de forma preconceituosa e difamatória. Por exemplo, o radialista Ribamar Mesquita de Rádio Jornal de Itabuna constantemente usa de seu espaço nesta rádio, para nos acusar de vários crimes, nos difama e até incita a população regional contra a nossa comunidade. Os Jornais Agora e a Região também de Itabuna nos trata de forma preconceituosa nos chamando de falsos índios, publicando sempre matérias contra a nossa comunidade e também colocando a sociedade contra a nossa comunidade. Mas acreditamos que a culpa da não é só deles, pois a nossa comunidade tem feita várias denuncias sobre esta situação, já vieram várias comissões de Direitos Humanos aqui nas nossas aldeias e estes fatos já foram colocados, e como nada foi feito eles se sentem fortalecidos e no direito de continuar nos atacando, o sentimento de impunidade, de superioridade e o dinheiro de quem os patrocinam fazem com que estas mentiras divulgadas pelo Meios de comunicação se tornem quase uma "verdade absoluta". Uma outra situação colocado pela matéria é a posição do delegado Cristiano da Policia Federal e o resultado do inquérito que apurava a tortura conta membros da nossa comunidade, por varias vezes solicitamos das autoridades que um outro delegado viesse acompanhar as investigações, não fomos atendidos e portanto não é nenhuma surpresa que o resultado do inquérito foi que os policiais não cometeram nenhum crime. Que outro resultado poderia sair de um inquérito que é conduzido por um delegado que é o coordenador do comando da operação que terminou resultando na pratica de tortura? Seria esperar muito, que o inquérito apontasse um outro resultado, apesar de todas as provas mostrarem que a tortura foi praticada.
A comunidade encontra-se bastante preocupada, pois a história de perseguição e calunias se repete, os mais velhos nos lembra, que no passado a nossa liderança Marcelino também foi chamado de Lampião e que chefiava um bando aqui na região, colocaram premio pela sua cabeça e diante da falta de autoridade e de nada ser feito a nossa liderança foi assassinada, e o mais impressionante é que após quase cem anos a história se repete do mesmo jeito e com os mesmos atores, esperamos que desta vez a história não tenha o mesmo final.
Um dado interessante que a revista coloca e isto demonstra para todos nós os reais interesses que tem por trás de toda esta trama, é a presença de muita gente grande por trás destas ações, como o banqueiro Arminio Fraga um dos invasores de nosso território, portanto desta vez as Organizações Globo com esta matéria tendenciosa e mentirosa não esta defendendo apenas os interesses dos outros mas também o dela mesmo. Aliás a Globo já mantem esta prática, de defender os interesses dos grande latifundiários, dos banqueiros, dos políticos que a ajudam a se manter no poder contra as pequenas comunidades a muito tempo.

Diante de tudo isto, e de todos estes fatos relatados e os já conhecidos por todos vocês, viemos mis uma vez solicitar que providencias sejam tomadas, mas providencias de verdade. Não dá mais para ficar ouvindo promessas, ficar recebendo visitas, sermos ouvidos por muitas autoridades e não sentimos que as coisas estão andando. Acreditamos que é preciso fazer ainda mais e agilizar a resolução da demarcação de nossas terras. Que haja um esforço ainda maior das autoridades envolvidas nesta questão em esclarecer e resolver esta situação, como por exemplo, o esclarecimento e os encaminhamentos para que os pequenos produtores sejam reassentados, suas benfeitorias sejam indenizadas, este procedimento pode resultar na retirada de cena de pessoas má intencionadas que tem usado os pequenos agricultores para realizarem seus interesses políticos, colocando os pequenos agricultores contra a nossa comunidade com o repasse de falsas informações. São estes políticos envolvidos e empresários da região que viram seus interesses abalados pela nossa ação que tem financiado toda esta ação contra a nossa comunidade, a própria matéria da revista época deixa isto muito claro. Eles trazem gente de fora, eles bancam e com certeza devem pagar aos jornais, revistas, radialista para que nos ataque. Vale lembrar que a nossa ação feriu os interesses do tráfico de droga da região, tráfico de animais silvestres, do comércio de madeira ilegal, do agronegócio e isto tem mexido nos bolsos deles.

Por fim, pedimos a todos: autoridades, parceiros, aliados, sociedade regional, nacional e internacional, não deixem que a história se repita com o mesmo final. Queremos apenas viver e lutar pelos nossos direitos e em especial a nossa Mãe Terra. Ela nos pertence. Não permitam que mais uma vez os invasores sejam os vitoriosos nesta história. BASTA DE MASSACRE, DE EXPLORAÇÃO, DE MENTIRA, DE CALUNIA, DE IMPUNIDADE.

Serra do Padeiro, 01 de dezembro de 2009.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

PAPAI NOEL E POLITICOS HONESTOS EXISTEM ?


* Daniel Thame

Quando a gente pensa que já viu tudo na política, sempre aparece mais alguma coisa para ser vista,

Quando se acha que chegamos ao limite do lamaçal, aparece ainda mais lama.

As cenas do governador de Brasília, José Roberto Arruada, do DEM, recebendo dinheiro desviado dos cofres públicos são uma daquelas coisas que causam asco.

Nas imagens, Arruda recebe um pacote de notas que somam cerca de 100 mil reais. Gato escaldado, diz ao homem que lhe entregara o dinheiro que era melhor que o pacote fosse entregue em outro local.

Sabe como é, alguém poderia estranhar vê-lo saindo com aquele embrulho e...

Depois, escaldado, mas faminto, pede que o assessor arrume uma sacola de compras para colocar o dinheiro.

Gatuno, chega a se afundar no sofá, enquanto espera a sacola providencial, que segundos depois a imagem flagra sendo discretamente levada por outro assessor.

Pronto, ninguém vai estranhar mais nada, afinal trata-se de um assessor anônimo saindo com uma inocente sacola.

O “filme” em questão é apenas a ponta do iceberg do mais recente -e com certeza não o último- escândalo da política brasileira.

O esquema envolve desvio de dinheiro para campanhas eleitorais, pagamento de propina em troca de apoio político e enriquecimento ilícito. Além de, no caso de Brasília, chantagem com as gravações feitas sem que os envolvidos soubessem que estavam sendo filmados.

Embora muitos deles sorriam, com a cara de pau peculiar dos salteadores dos cofres público.

Já tivemos o mensalão do PT, o mensalão do PSDB e agora temos o mensalão do DEM, sinal de que a corrupção que parece entranhada no sistema político não respeita matiz partidária.

É um mal crônico e incurável, que gera como subproduto perverso milhões de pessoas sem acesso aos serviços básicos e projetos de inclusão, porque o dinheiro escorre farto pelo ralo insaciável do propinoduto.

Um mal agravado por outro subproduto, que atende pelo nome de impunidade. Passado o estupor geral, surgido outro escândalo, cessados os holofotes, tudo termina sem que ninguém seja punido.

E a vida segue no país do dinheiro na cueca, do dinheiro nas meias, do dinheiro na caixa de sapatos, do dinheiro na sacola de compras, do dinheiro invisível a engordar contas secretas para gerar mansões, carrões e vidas luxuosas; enquanto o povaréu se equilibra no salário curto e suado para pagar as contas.

Tem mais: na impossibilidade de brigar com as imagens, impera a mais deslavada sem-vergonhice para explicar o inexplicável.

Não é que José Roberto Arruda saiu-se com a explicação de que o dinheiro colocado na sacola seria destinado para a compra de panetones e cestas de Natal para famílias carentes!

Enfim, o sujeito querendo bancar o Papai Noel dos pobres e essa gente maldosa achando que ele é um corrupto.

Que ignomínia!

Blague à parte há de se convir: é mais fácil acreditar em Papai Noel do que em político honesto.

Postado por blog do Thame

segunda-feira, 30 de novembro de 2009

LIÇÃO DE CIDADANIA - Voto nulo não anula eleição


Está sendo espalhado na internet mais um hoax, uma lenda urbana, uma pulha virtual, desta vez sobre o resultado das eleições municipais e sobre o voto nulo. Diz o email:

Um exemplo para o Brasil
Bom Jesus de Itabapoana - RJ: 89,23% de votos nulos nas eleições de 2008
Bom Jesus do Itabapoana é um município brasileiro do estado do Rio de Janeiro

É algo difícil de acontecer, mas aconteceu! Os votos nulos somaram 20.821 ( 89,23%). Vejam a coragem e esclarecimento dessa população. O candidato a prefeito não servia e a população cuidou de eliminá-lo no voto. O TRE terá que fazer nova eleição e o candidato reprovado não poderá se candidatar novamente. O interessante é que esse fato não foi divulgado em nenhuma mídia. Até a Globo se calou. Se a moda pega, quem sabe não poderíamos depurar essa gente que vive enganando a todos? Esse é o exemplo que deve ser seguido! Tomara que a moda pegue. Mas para isso é necessário ser divulgado. Vejam o município Bom Jesus do Itabapoana. Devido ao baixo nível do candidato, de um total de 26.863 eleitores que compareceram às urnas, 20.821 eleitores conscientes decidiram anular o seu voto. Um exemplo para o mundo!


O texto pode ser encontrado não só em emails, mas também em diversos sites de notícias, blogs e afins, como se fosse uma verdade. E assim, de grão em grão, vão repetindo tanto a “verdade” até que ela cole.

Mas a verdade é que os eleitores de Bom Jesus de Itabapoana não foram tão “corajosos” nem “esclarecidos” assim. O que realmente aconteceu é que o Tribunal Superior Eleitoral indeferiu as candidaturas de dois dos candidatos: Branca, da coligação PMDB / PDT / PSL / PTN / PHS / PMN / PT / PSDB / PC do B / PT do B / PSC; e Paulo Sergio Cyrillo, da coligação PP / PRP / PRTB / PV / DEM / PRB / PPS / PSB (que sopas de letrinhas, que salada ideológica). Assim, os 9.337 votos recebidos por Branca e os 9.388 por Cyrillo foram contabilizados como nulos. Com isso, os 1.492 votos dados ao candidato vencedor, João José Pimentel (PTB) foram os únicos considerados válidos. Houve ainda 1.021 votos em branco.

Segundo o TSE, os 23.334 votos do município foram assim distribuídos (confira no site do TSE):
Válidos: 1.492
Brancos: 1.021
Nulos: 20.821

Como Cyrillo e Branca tiveram, juntos, 18.725 votos, isso quer dizer que os votos anulados a propósito (ou por erro do eleitor) somaram 2.096, ou seja, 9% dos votos apurados. Bem diferente do que diz o texto, que deseja dar a impressão de que 89% dos eleitores teriam propositadamente anulado o voto.

O texto diz também que o fato não foi divulgado em nenhuma mídia: “até a Globo se calou”. Ora, nesse link, pode-se ler a reportagem do jornal O Globo falando do que aconteceu em Bom Jesus e explicando corretamente a situação. A reportagem cita ainda Santo Antônio de Pádua como outra cidade onde aconteceu algo parecido: o indeferimento de algumas candidaturas que, mesmo assim, foram votadas, levou à anulação de grande número de votos.

Outra coisa importante: somente pelo fato de ter um grande número de votos nulos, uma eleição não é anulada. Mesmo que o candidato com mais votos tenha apenas 6% do total apurado, como foi em Bom Jesus, ele é declarado vencedor, já que o que se consideram são somente os votos válidos! Em resumo: voto nulo não anula uma eleição!

Sobre isso, leiam esse texto de Lúcia Hippolito, também em O Globo: http://oglobo.globo.com/pais/noblat/luciahippolito/post.asp?cod_post=126193

Conclusão: melhor não acreditar em qualquer coisa que chega na nossa caixa postal. E não acreditar nesses que fazem apologia do voto nulo. Primeiro, porque mentem e distorcem os fatos. Depois, porque se aproveitam da ignorância alheia para fomentar a não participação no processo eleitoral, que ainda é hoje um dos poucos canais de participação do cidadão nos destinos de sua cidade, Estado ou país.


TOMEM CUIDADO. Devemos continuar exercendo a nossa cidadania, apesar de muitas vezes o nosso voto não ser valorizado por aqueles que o recebe. Mais o importante é que devemos continuar fazendo nossa parte.

domingo, 29 de novembro de 2009

PERDEMOS MAIS UM "SONHADOR"



A coisa lá por cima deve estar mais grave do que por aqui, pois Deus esta chamando os bons para talvez realizar uma grande missão celeste.
Recebi a triste noticia da passagem do companheiro Pe. Ze Carlos em plena rodoviária de Salvador, me dada pelo cacique Babau da Serra do Padeiro. Por volta da 7:00 horas da manhã de sexta quando me dirigia para um encontro da Assembléia Popular e da Articulação de Políticas Públicas e numa das mais incrível coincidência. Acabava de encontrar com Luciano Porto, companheiro de luta e a seu lado estava Elias Gomes, irmão do Frei Vantuir, também vitimado em uma tragédia na BR 101.
Todos estes fatos me trouxe a lembrança da nossa caminhada, enquanto estavamos na Pastoral de Juventude de Itabuna,quando tive a oportunidade de compartilhar com os companheiros Vantuir, Zé Carlos, José Marcelino, Beth, Lúcia, Albinha, e outros jovens , sonhos de um mundo melhor, de uma juventude atuante e que aos poucos iríamos “mudar o mundo”, sonhos de jovens que aos poucos foram se tornando realidade através da ações de cada um e de um desejo enorme de mudanças.
O tempo foi passando, mas o sonho continuava e continua, e para nós que ficamos, ainda com mais responsabilidade, pois ao longo do caminho fomos perdendo os “sonhadores”, que nos deixaram o legado e a tarefa de continuarmos a construção, a motivação de nossos sonhos.
Estes nossos sonhos contagiaram outros jovens, que tiveram a oportunidade de na Pastoral de Juventude darem continuidade a esta caminhada, enquanto isto, nós tivemos novas missões. Pe. José Carlos através da sua função sacerdotal e da Fundação Reconto, experiêncoa inovadora iniciada em Canavieiras e que se multiplicou Ilhéus, Itabuna, Eunápolis, Porto Seguro e Teixeira de Freitas; permitiu que centenas de adolescentes deixassem de ser encaminhados para instituições em Salvador, que em vez de recuperar, funcionavam quase como escolas do crime.
A aplicação das chamadas medidas socioeducativas, determinadas pelo Estatuto da Criança e do Adolescente, tiveram no padre José Carlos um entusiasta incansável, a ponto da experiência da Fundação Reconto ser levada a outras regiões do Estado.
São inúmeros os casos de adolescentes que, atendidos pela Fundação Reconto, voltaram aos estudos, aprenderam uma profissão e hoje estão inseridos no convívio social.
A ultima oportunidade que tive de me encontrar com Zé Carlos, foi na Assembléia Vicarial do sul, na sua Paróquia Nossa Senhora de Santana, quando na oportunidade pudemos desfrutar de toda sua alegria e entusiasmo. No recém inaugurado espaço de formação, muito bonito e prático como ele muito bem sabia fazer (aproveito para sugerir,que o espaço seja homenageado com seu nome: Espaço de formação e lazer Pe. Zé Carlos).
Foi-se antes de nós, sem se despedir, companheiro, mas sua missão não acabou, continue intercedendo por nós junto a Deus, que continuamos com o “nosso sonho”

sábado, 28 de novembro de 2009

MAIS UMA TRISTE LIDERANÇA

Jornal A TARDE confirma mais uma triste liderança para o municipio de Itabuna, se já não bastasse a Dengue...

Itabuna lidera ranking brasileiro de violência entre jovens de 12 a 29 anos

Uma pesquisa divulgada nesta terça-feira, 24, pelo Ministério da Justiça (MJ) e Fórum Brasileiro de Segurança Pública identificou que estão na Bahia cinco dos 15 municípios onde os jovens brasileiros estão mais expostos à criminalidade. A situação mais grave é em Itabuna, a 429 km de Salvador, que aparece no topo do ranking. As demais cidades baianas na lista são Camaçari (4º lugar), Teixeira de Freitas (8º), Ilhéus (12º) e Lauro de Freitas (14º).

A pesquisa envolveu os 266 municípios brasileiros com mais de 100 mil habitantes e diagnosticou a exposição de jovens de 12 a 29 anos à violência por meio do Índice de Vulnerabilidade Juvenil (IJV), desenvolvido em parceria com a Fundação Seade. O IJV mostra que o grau de exposição dessa faixa etária à violência é considerado muito alto em 10 cidades: Itabuna (BA), Marabá (PA), Foz do Iguaçu (PR), Camaçari (BA), Governador Valadares (MG), Cabo de Santo Agostinho (PE), Jaboatão dos Guararapes (PE), Teixeira de Freitas (BA), Linhares (ES) e Serra (ES). Outros 33 municípios tiveram IJV considerado alto. Entre os municípios menos vulneráveis estão São Carlos, São Caetano do Sul e Franca, todos em São Paulo.

O ranking das dez piores cidades denota o que os dados gerais do estudo mostram: que embora espalhada por todo o País, a exposição do jovem à violência é maior no Norte e Nordeste. Renato Sérgio de Lima, secretário-geral do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, explicou que isso ocorre porque o índice de vulnerabilidade leva em conta vários dados socioeconômicos como número de homicídios, escolaridade, acesso ao mercado de trabalho, renda e moradia. "Violência não é só crime, mas também uma série de outros fenômenos, como falta de escola, pobreza, desigualdade, acidente de trânsito. Isso compõe o cenário em que esses jovens vivem", afirmou.

Violência – O secretário explicou que a violência é localizada de forma mais aguda no Norte e Nordeste, porém, como a pesquisa lida com todo o contingente de jovens e não apenas com aqueles que estão diretamente expostos, esse porcentual acaba sendo ponderado e distribuído em cidades como Rio e São Paulo.

Se grandes cidades como as duas capitais se localizam em uma área "confortável" do índice, o perfil do jovem mais exposto à violência é o mesmo do encontrado em outras pesquisas do tipo: jovem de 19 a 24 anos, homens, negros. "Os mais atingidos pela violência têm um perfil muito claro e isso é muito relevante para a definição de políticas públicas", afirmou Lima.

Para o ministro da Justiça Tarso Genro, que participou da apresentação do estudo, a pesquisa derruba determinados mitos, como o de que o Rio de Janeiro tem a situação mais vulnerável. "O Rio tem problemas graves, mas a pior situação está no Nordeste, que tem indicadores sociais baixos, poucos recursos para aplicação em sistemas de segurança pública e poucas políticas preventivas, que agora estão começando com a adesão de dezenas de municípios ao Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública e Cidadania)", afirmou.

Genro e Lima consideraram que, embora graves, os dados mostram que a situação não é de caos absoluto. "Podemos vencer a violência e a criminalidade concentrando-nos na juventude e com foco territorial e em determinados setores sociais mais vulneráveis", afirmou Genro. "O estudo revela que temos 43 municípios com alta e muito alta vulnerabilidade mas, por outro lado, revela que é um problema que pode ser enfrentado. Não significa o caos na segurança pública", disse Lima.

A pesquisa foi feita em parceria com o Instituto Sou da Paz, do Instituto Latino Americano das Nações Unidas para Prevenção ao Delito e Tratamento do Delinquente (Ilanud) e a Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade). O Fórum Brasileiro de Segurança Pública é uma organização não governamental apartidária de suporte à gestão da segurança pública no País.

Percepção da violência - O Fórum Brasileiro de Segurança Pública divulgou junto com a pesquisa sobre vulnerabilidade juvenil, levantamento realizado pelo Datafolha mostrando a percepção da violência entre os jovens de 12 a 29 anos. Dos 5.182 entrevistados em 31 municípios de 13 Estados, 31% admitem ter facilidade para obtenção de armas de fogo. Além disso, 64% deles estão expostos a algum risco ou história de violência e costumam ver pessoas (não policiais) portando armas.

Metade da população entrevistada declara presenciar violência policial, sendo que para 11% deles tal violência é "comum". Cerca de 88% declararam ter visto corpos de pessoas assassinadas e 8% disseram que pessoas próximas foram vítimas de homicídios.

Encontro anual da Assembléia Popular e da Articulação em Políticas Públicas



A Articulação em Políticas Públicas da Bahia (APP) e a Assembléia Popular Bahia (AP) estão realizando o primeiro encontro conjunto para aprofundar o debate sobre o Projeto Popular para o Brasil. O encontro começou no dia de ontem (27) e vai até amanhã dia (29) de novembro, na Pousada Central, Rua Marechal Deodoro da Fonseca, 398, Centro, em Feira de Santana-Bahia.

No dia 27, o encontro foi aberto com uma rica exposição seguida de um intenso debate sobre a questão da Matriz Energetica do Brasil. Hoje pela manhã um dos assessores Ivo Poletto, após a exposição do histórico de caminhada das duas articulações(AP + APP) fez uma intervenção levantado os desafios e os encaminhamentos já feitos na caminhada das Assembléias Populares. E na parte da tarde foram realizadas oficinas de aprofundamento de alguns eixos constitutivos do Projeto Popular para Brasil. As oficinas partiram do acumulo das organizações e movimentos e sistematizaram proposições que possam contribuir com o texto nacional sobre o Projeto Popular e as nossas estratégias futuras de, mobilização, articulação e luta.

Amanhã as duas articulações estarão montando a suas agendas de lutas e mobilizações, e buscando apresentar ações conjuntas que possam a vim construir O BRASIL QUE QUEREMOS

quinta-feira, 19 de novembro de 2009

RIR TAMBÉM É CIDADANIA


Tudo bem, que rir é um direito de todo cidadão, mas estas colocações que iremos ver ai abaixo, a gente tem que rir para não chorar, com a qualidade da nossa educação.

Prepare-se para ler o futuro deste país.


"O Brasil não teve mulheres presidentes mas várias primeiras-damas foram do sexo feminino".

(Ou seja: vários ex-presidentes casaram-se com travestis.)

"O número de famigerados do MST almenta a cada ano seletivo”.

(E a burrice não "diminói".)
O nervo ótico transmite idéias luminosas.

"O vento é uma imensa quantidade de ar."

"O terremoto é um pequeno movimento de terras não cultivadas".

"Os egípcios antigos desenvolveram a arte funerária para que os mortos pudessem viver melhor".

"Péricles foi o principal ditador da democracia grega".

"O problema fundamental do terceiro mundo é a superabundância de necessidades".


"Os anaufabetos nunca tiveram chance de voltar outra vez para a escola".

(Nem de ir.)

"Vasilhas de luz refratória podem ser levadas ao forno de microondas sem queimar".

(Alguém poderia traduzir?!)

"Não cei se o presidente está melhorando as insdiferenças sociais ou promovendo o sarneamento dos pobres. Me pré-ocupa o avanço regresssivo da violência urbana".
(“Sarneamento” deve ser o conjunto de medidas adotadas por Sarney no Maranhão. Quer dizer, eu “axo”, mas não me “pré-ocupo” muito.)

"Os ruminantes se distinguem dos outros animais porque o que comem, comem por duas vezes".


"O coração é o único órgão que não deixa de funcionar 24 horas por dia".

"Quando um animal irracional não tem água para beber, só sobrevive se for empalhado".

Logo,logo teremos mais pois está chegando a época dos vestibulares.

terça-feira, 17 de novembro de 2009

Países rejeitam ampliar metas contra a fome


Os governos rejeitaram ontem a proposta da Organização das Nações Unidas (ONU) para que comprometam US$ 44 bilhões a mais por ano para erradicar a fome no mundo. O dinheiro seria destinado para desenvolver a agricultura nos países mais pobres e subdesenvolvidos.

A ONU também esperava que os países adotassem o ano de 2025 como data final para erradicar a fome, mas a declaração final do encontro da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e a Alimentação (FAO), aprovada por unanimidade, manteve o foco num compromisso firmado há nove anos para reduzir à metade o número de famintos no planeta até 2015.

A FAO diz na declaração final que a melhor maneira para debelar a fome é ajudar os necessitados a se ajudarem e a declaração final abraçou essa estratégia. Essa abordagem “está no centro da estratégia de segurança alimentar”, disse o secretário-geral da ONU, Ban ki-moon. “Nosso trabalho não é apenas alimentar os famintos, mas ajudar os famintos para que consigam alimentar a si próprios”.

Na abertura da conferência da FAO, Ban disse aos participantes que era “inaceitável” que o mundo tenha alimentos suficientes enquanto mais de 1 bilhão de pessoas, uma a cada seis no planeta, passem fome.

O diretor-geral da FAO, Jacques Diouf, lamentou que a declaração final da Cúpula da ONU sobre Segurança Alimentar tenha acabado sem alvos concretos. Mas Diouf disse, em declarações à agência de notícias Ansa da Itália, que não se sente decepcionado com o encontro. “Se não houvesse um acordo, seria um claro fracasso. Lamento apenas que não existam datas precisas para as metas. Mas devo aceitar os fatos, eu não negociei, quem negociou não foi capaz de negociar um prazo” para erradicar a fome no mundo, afirmou Diouf.

Nos últimos dias, Diouf afirmou que seriam necessários US$ 44 bilhões a mais por ano para erradicar a fome até 2015. A declaração final manteve a data de 2015 para reduzir pela metade o número de famintos, mas não incluiu os recursos extraordinários para a tarefa.

O número de pessoas famintas, segundo estimativas da ONU, cresceu de 850 milhões para mais de 1 bilhão de pessoas entre 2008 e 2009, como efeito da crise econômica mundial. Em 1996, quando foi adotada a meta de reduzir pela metade o número de famintos até 2015, cerca de 400 milhões de pessoas passavam fome no mundo.

O G-8, grupo dos sete países mais industrializados e a Rússia, prometeu US$ 20 bilhões nos próximos três anos, no encontro de cúpula que aconteceu neste ano em L’Aquila, na Itália central.

“A fome é o mais cruel e concreto sinal de pobreza”, disse o papa Bento XVI, que discursou pouco antes da divulgação da declaração final. “A opulência e o desperdício não são mais aceitáveis quando a tragédia da fome assume proporções cada vez maiores”, disse o papa.
A fome é “uma praga inaceitável sobre a vida, a subsistência e a dignidade de um sexto da população do planeta”, diz a declaração, que traz também a promessa de agir “para erradicar a fome do mundo.”

O evento reuniu 60 chefes de Estado e de governo em Roma, mas a ausência quase total de líderes do G-8, causou críticas de alguns participantes. Apenas o primeiro-ministro da Itália, Silvio Berlusconi, compareceu ao evento.

“Alimento é um direito básico”, disse Ban. “A crise de alimentos de hoje é um alerta para amanhã. Até 2050, nosso planeta deve ser o lar de 9,1 bilhões de pessoas. Até 2050 sabemos que precisaremos produzir 70% mais alimentos, e enquanto isso as condições climáticas estão se tornando cada vez mais extremas e imprevisíveis”, acrescentou.

A cúpula definiu cinco “princípios” para ação. Um deles envolve uma “dupla abordagem” para a segurança alimentar, que consiste em ação direta para os “mais vulneráveis” e “programas sustentáveis de médio e longo prazos para eliminar as causas da fome e da pobreza.”

A declaração também pede às nações mais ricas que honrem seus compromissos.

DIA DA TOLERÂNCIA


No Dia da Tolerância, peço aos meus amigos que me compreendam, que possam enxergar o belo no meu interior, quando meus olhos estiverem tristes e desesperançados. Peço aos amigos que possam perceber o espírito de luta, quando eu estiver desanimada ou desestimulada pela pressão do tempo e da sobrevivência. Peço aos meus amigos que compreendam a minha loucura nos meus textos, nas minhas palavras e nos trejeitos quase inconscientes e sensuais de minha dança, pois minha dança não é minha, é de meu corpo esvaído, cheio de prazer e felicidade produzidos pela música etérea, inimaginável, quase angelical!
Peço aos meus amigos que me amem e que percebam nos meus olhos a sinceridade do existir nas manhãs e nas noites cálidas numa gratidão eterna e Divina pela existência!
Obrigada Vida! Que maravilhoso é poder ter amigos, ser tolerantes, amáveis, compreensíveis, risonhos no delírio de cada um, seja lá, que delírio for, sem críticas, sem julgamentos. Obrigada, flor da natureza... Poder enxergar a beleza da manhã na compreensão dos erros da humanidade, que saltitam por melhoras. Obrigada pelo perdão, pelo amor, pelo olhar que eu possa oferecer a cada amigo e que cada amigo possa aceitar os meus gestos e olhares tão doces, amáveis, num tom de ternura que possa modificar mentes com a minha Tolerância! Obrigada por tolerar a quem a seu lado estiver.
Texto:Eliane Potiguara, autora de "Metade Cara, Metade Máscara" , Global Editora/
Eliane é india da etnia Potiguara é Membro Fundadora del Enlace Continental de Mujeres Indígenas
Associação Mulheres pela Paz
Comitê Intertribal