domingo, 31 de julho de 2011

MAIS UM PASSO EM DIREÇÃO AO VI NORDESTÃO DAS CEBs

Teve inicio na tarde do dia 28 de julho de 2011 e se estendeu até o dia 30, no salão paroquial da Igreja Santa Rita de Cássia, na Diocese de Itabuna, no sul da Bahia, mas um encontro da ampliada nordestina em preparação ao VI Nordestão das CEBs, que acontecerá em julho de 2012 na Diocese de Itabuna. O evento contou com a participação dos representantes dos 05 regionais: Nordeste I – Ceará, Nordeste II – Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Alagoas, Nordeste III – Bahia e Sergipe, Nordeste IV – Piauí, Nordeste V- Maranhão.

O encontro “Construir o VI Nordestão”, faz parte de uma serie de atividades que vem sendo realizadas em preparação para este importante evento da Igreja Católica em todo Nordeste, e caminhando para a realização do 13º Intereclesial das CEB's a ser realizado em 2014, no Crato/CE.

Após as visitas ao Colégio Lourdes Veloso e a Vila Olímpica de Itabuna, situados a Av. Presidente Kennedy, onde serão realizadas as pequenas plenárias e as atividades de grande porte respectivamente, os representantes presentes no evento deram continuidade a profundas reflexões que resultaram nas seguintes definições: O VI Nordestão das CEBs será realizado no período de 19 a 22 de julho de 2012, terá como tema “Justiça e Profecia a serviço da Vida no Nordeste” e o seu lema será: “Felizes os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino do Céu. (Mt 5,10)”. Definiu-se também os sub-temas a serem trabalhados nas pequenas plenárias: 01) Espiritualidade Ecológica (Preceitos ecológicos do Pe. Cícero – Canto das Criaturas), esta plenária terá como patrono o Pe. Cícero; 02) As CEBs e as políticas Públicas (com destaque aos aspectos da educação, segurança pública e a saúde que será também tema da CF 2012), a patrona será Zilda Arns; 03) As CEBs no enfrentamento aos projetos desenvolvimentistas que excluem (É tempo de destruir os sistemas que destroem a terra), patrono o Pe. José Koopmans; 04) Profetas e Profetisas de ontem e de hoje, o patrono será o Pe. Comblin; 05) Romeiros e Romeiras no campo e na cidade – desafios e perspectivas (Contexto da urbanização e desafios das CEBs no meio rural), patrona Beata Maria Araújo; 06) CEBs e Movimentos Sociais – a serviço da vida no Nordeste, o patrono será Galdino Pataxó Hã-Hã-Hãe e no VI Nordestão haverá uma plenária com oficinas práticas, tais como pintura de tecido, confecção de velas, reciclagem de pet, colares e terá como tema de reflexão: 07) CEBs na busca da sustentabilidade, seu patrono será Antônio Conselheiro. E grande plenária terá como patrono o ex-bispo diocesano de Itabuna: Dom Paulo Lopes de Faria.

Muitos outros encaminhamentos foram feitos, tais como coordenação dos dias e das plenárias, hospedagem, equipes de trabalhos, livro de cânticos, contribuições financeiras dos Regionais. Ao final do encontro os representantes lançaram a CARTA DE ITABUNA, nela expressam os seus sonhos, as suas alegrias e esperanças ao mesmo tempo em que convidam Romeiros e Romeiras de todo o Nordeste a caminhar juntos a este “Mutirão de Evangelização e celebração da Fé a partir da vida do povo Nordestino”.



Lembrando:

VI Nordestão das CEBs

Local: Diocese de Itabuna – sul da Bahia

Data: 19 a 22 de julho de 2012

Tema: “Justiça e Profecia a serviço da Vida no Nordeste”

Lema “Felizes os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino do Céu. (Mt 5,10)”.



Haroldo Heleno
Assessoria Diocesana das CEBs

quinta-feira, 28 de julho de 2011

CONSTRUINDO O 6º NORDESTÃO

Teve inicio na tarde de hoje 28 de julho de 2011, no salão paroquial da Igreja Santa Rita de Cássia, na Diocese de Itabuna, mas um encontro em preparação ao VI Nordestão das CEB’s, que acontecerá em julho de 2012 na Diocese de Itabuna. Contando com a participação dos representantes dos 05 regionais: José Batista e Ana Lourdes  (Nordeste I – Ceará), Fátima Antônio (Nordeste II – Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte, Alagoas), Ana Maria, Fátima, Rafaela, Madalena, Frei Genilton, Frei Carlos Inácio, Frei Joaquim, Valderly, Haroldo Heleno, Célia, Rafael e João Vitor (Nordeste III – Bahia e Sergipe), Maria Nascimento  (Nordeste IV – Piauí), Maria José  (Nordeste V- Maranhão).

O encontro “Construir o VI Nordestão”, faz parte de uma serie de atividades que vem sendo realizadas em preparação para este importante evento da Igreja Católica em todo Nordeste, e caminhando para a realização do 13º Intereclesial das CEB's a ser realizado em 2014, no Crato/CE. O evento de hoje tem como objetivo principal: Discutir, Refletir e definir a data do VI Nordestão, cartaz, equipes de trabalhos, locais de trabalho, hospedagem, assessorias, temas, lemas, recursos, divulgação, articulação, mobilização levando em conta as contribuições de todos os Regionais do Nordeste presentes no encontro. Discutir e apresentar metodologia a ser usada no VI Nordestão. Visitar os locais onde serão realizadas as atividades, as oficinas, hospedagem. O evento ocorrerá até o dia 31 de julho.

Haroldo Heleno
Assessoria Diocesana das CEB's

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Jovens e redes sociais em debate no Muticom .

Qui, 21 de Julho de 2011 14:52  - Site da CNBB
A professora do Departamento de Comunicação Social da PUC-Rio, Adriana Braga, foi uma das conferencistas do painel “Jovens, novas comunidades e redes sociais”, na manhã desta quinta-feira, 21, durante o 7º Mutirão Brasileiro de Comunicação (Muticom).

A professora destacou as mudanças causadas pela internet nas relações sociais. “A Internet ampliou largamente a participação do público. Ela envelheceu as funções do telefone, do fax, da secretária eletrônica, do pincel, do papel”, pontuou. Segundo Adriana, as novas mídias reinventaram a carta no formato do e-mail e revitalizaram o próprio telefone com o celular, que não precisa de fio.

Adriana alertou, no entanto para o uso da internet. “Além de usar as ferramentas da internet é preciso saber como a internet muda as relações”, disse.

De acordo com a professora, a internet resgatou a palavra comunidade com as “comunidades virtuais”. Ela ressaltou, ainda, as características que marcam as relações nas redes sociais a partir do conceito de sociabilidade.

Uma das questões levantadas por Adriana foi em relação à acolhida na rede. Para ela a senha de entrada na internet é o elogio. “Na vida cotidiana a pessoa se utiliza de roupas e corte de cabelo, por exemplo, para dizer que está ali. Na internet é diferente”, comentou. “O elogio passa a ser a senha principal no processo de reconhecimento do pertencimento. Ela abre as portas digitais para quem chega. Nas redes sociais a mediação por excelência é ser amigo”.

A professora acentuou que, nesta relação virtual também existe o conflito porque há conteúdos que provocam ruptura no padrão ameno de sociabilidade.

Outro painelista que agradou muito ao público no Ginásio da PUC foi o consultor de educação, Ricardo Chagas. Interagindo com os participantes, ele apresentou o projeto “Caixa de Ferramenta”, que objetiva discutir com os jovens o adequado uso das novas mídias. Ele alertou para a pirataria que fomenta a divulgação de filmes pornográfica entre os jovens.



quarta-feira, 20 de julho de 2011

O ECA FAZ 21 ANOS

Este ano a sociedade comemora 21 anos da promulgação do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), instituído pela Lei 8.069 de 1990, dois anos após a proclamação da Constituição de 1988 que já estabelecia os princípios básicos da garantia de direitos da criança e do adolescente.


O Estatuto se divide em dois livros: o primeiro trata da proteção dos direitos fundamentais da pessoa em desenvolvimento e o segundo trata dos órgãos e procedimentos protetivos. Para que a lei seja implementada no dia a dia da sociedade, foi criado o Sistema de Garantia de Direitos da Criança e do Adolescente (SGDCA), que é um conjunto articulado de pessoas e instituições em prol dos direitos infanto-juvenis. Fazem parte desse sistema a família, as organizações da sociedade (instituições sociais, associações comunitárias, sindicatos, escolas, empresas), os Conselhos de Direitos, Conselhos Tutelares e diferentes instâncias do poder público (Ministério Público, Juizado da Infância e da Juventude, Defensoria Pública, Secretaria de Segurança Pública). Nesse especial sobre o aniversário do Estatuto, destacamos o papel do Conselho Tutelar, uma das principais portas de entrada desse Sistema.

21 ANOS DO ECA

Neste 21 anos do ECA, apesar de ter sido um marco na defesa dos direitos da infância e da juventude, a legislação precisa ser reformulada, segundo o presidente do Conselho Tutelar de Marília, Marlon Francisco dos Santos. “As leis anteriores não reconheciam os direitos da criança e do adolescente. Com essa legislação, os menores, além de terem seus direitos assegurados, passaram a exigi-los. Hoje, quem se sente prejudicado pode procurar o Fórum e os serviços de proteção e denunciar.”

Apesar dos ganhos, Santos diz que a legislação precisa ser aperfeiçoada, já que os crimes e abusos contra a infância se agravaram, assim como houve o surgimento de novos comportamentos. “Há brechas na legislação que permitem interpretações distintas. Hoje há novas violações de direitos, que antes não existiam ou não foram consideradas na legislação de 1990, como os abusos cometidos na internet.”

O presidente do Conselho diz ainda que, em relação à prática criminal, o estatuto também está desatualizado. “A punição para jovens que praticam atos mais graves deve ser mais severa. Além disso, se o adolescente descumpre uma ordem judicial, o juiz tinha que ter um instrumento legal para puni-lo. O cumprimento das penas teria que ser integral. Como nada acontece ele sente de perto a impunidade e isso na fase adulta pode ter sérias conseqüências.

Atualmente, os jovens conhecem seus direitos graças à presença do ECA na escola. “É uma nova geração que conhece seus direitos. Hoje, é normal que adolescentes apareçam por aqui. Uma vez, uma mãe me disse que a própria filha queria procurar o Conselho Tutelar porque não concordava em ser agredida dentro de casa”, contou ele.

O principal avanço ao longo desses 21 anos de existência do Estatuto, segundo alguns especialistas é o conhecimento dos direitos entre os jovens. No entanto, é preciso que as pessoas conhecessem mais sobre a existência e funções dos atores da rede de garantias dos direitos. “O Estatuto é mais uma lei que foi feita no Brasil. Sozinha ela não muda nada. O Conselho Tutelar sozinho também não faz milagre. É parte de um sistema, em que participam órgãos do Judiciário e a sociedade civil. As pessoas precisam entender isso. esse é o principal desafio para o futuro. “Só assim, os direitos infanto-juvenis poderão sair do papel de vez”.


terça-feira, 19 de julho de 2011

PORQUE ASSINAR A CAROS AMIGOS?

A revista Caros Amigos  deve ser divulgda e assinada por ser uma experiência inedita de construção de um veículo de comunicação e informação que apresente o Brasil e o mundo sob outra ótica que não a da mídia dominante. A qualidade da revista já lhe rendeu varios premios: a Medalha Chico Mendes de Resistência do Tortura Nunca Mais – RJ, o certificado do iBest para o site da revista, Melhor Projeto Especial do ano para a edição especial Literatura Marginal, concedido pela Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA), e dois dos quatro prêmios Wladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos, na categoria imprensa escrita, para João de Barros (reportagem) e Jorge Arbach (arte). Outro prêmio dos direitos humanos, o Anamatra, oferecido pela associação dos juízes do trabalho

A revista é fruto do esforço conjunto de profissionais que acreditam que possa surgir uma imprensa de esquerda no Brasil, particularmente neste momento em que o mundo começa a se manifestar contra a globalização excludente. Em segundo lugar, com uma esperança, apesar das dificuldades, no nosso país e na imprensa brasileira. Em terceiro, sabendo que, apesar de sua importância, a Caros Amigos possui suas limitações, como a falta de repórteres, e que uma revista mensal não é suficiente para podermos dizer: existe um jornalismo alternativo.

Em entrevista a Wagner Nabuca, diretor geral da Caros Amigos, ele nos fala do surgimento da revista e deste sonho.
 
CCP: Como nasceu o sonho da Caros Amigos?

Wagner Nabuco: A idéia da revista surgiu da necessidade que sentimos de ter uma voz que destoasse do discurso da grande mídia, que discutisse a globalização. Por outro lado, pensando pelo lado técnico, achávamos que tinha que haver alguma coisa mais jornalística. Quando a revista surgiu o que se dizia é que as pessoas estavam parando de ler, que, na sociedade da imagética, o lance era fazer textos curtos, com muitas fotos, ilustrações e infográficos. Influências, no jornal, da escola do U.S. Today, americano, e, do lado da revista, o sucesso da Focus alemã e da influência da Escola de Navarra. Nós, ao contrário, fizemos uma revista que revaloriza o texto, porque há muitos leitores que querem ler coisas inteligentes, que os façam pensar criticamente o país.

O projeto da Caros Amigos começou com um grupo de amigos, que incluía jornalistas, publicitários, profissionais liberais, profissionais da comunicação. Entre eles estavam: Roberto Freire, José Carlos Marão, Alberto Dines, Juca Kfouri, Frederico Vasconcellos, Adriana Cury, João de Barros, João Noro, José Trajano, Oscar Colucci, Sergio Pinto de Almeida, Colibri e Jorge Brolio.



Queremos fazer a revista crescer. Por que não ter uma editora que não seja de direita no país? É claro que não vamos ter ajuda do BNDES, etc., mas vamos tentar, temos esse sonho. John Lennon disse que o sonho acabou. Mas eu acho que não: um sonho sonhado por muitos vira realidade.

CCP: O que te motiva?

Nabuco: Isso, mais o sonho de fazer um país melhor.

 E Wagner nos oferece um resumo da próxima edição da Caros Amigos que já está nas bancas.Quem puder colaborar na divulgação fique a vontade.Não se avexem.

A nova edição da Caros Amigos está recheada de boas reportagens, entrevistas e artigos. Mais uma vez tratamos de assuntos relevantes para a sociedade brasileira e nos esforçamos em fazer um jornalismo crítico, combativo e comprometido com a construção de um Brasil justo e igualitário. Na capa, chamamos a atenção para a grande corrida do capital estrangeiro em cima do etanol brasileiro: nos últimos três anos, grupos empresariais ingleses, estadunidenses, franceses, espanhóis, sul-coreanos e chineses compraram inúmeras usinas e grande quantidade de terra com a lavoura da cana.Esse processo de desnacionalização do setor representa séria ameaça à soberania energética, à industrialização e comercialização do biocombustível, além de interferir diretamente nas relações sociais e trabalhistas e na preservação ambiental do território nacional. Veja como anda a voracidade desses grupos em se apropriar de um bem tão valioso para a sociedade de consumo.Outra reportagem de destaque denuncia o descaso das várias instâncias de governo sobre a destinação dos bens reversíveis da União, que, no processo de privatização do sistema de telecomunicações, foram repassados para as empresas privadas e que deveriam retornar ao patrimônio público. Praticamente “esquecidos” pelas autoridades, esses bens podem constituir um prejuízo de R$ 30 bilhões para o povo brasileiro. Veja o que as empresas privadas de telefonia estão fazendo com os bens reversíveis da União.Caros Amigos ouviu lideranças políticas e estudiosos da reforma política para fornecer aos leitores um material de reflexão e debate sobre a tão propalada reforma política que tramita no Congresso Nacional. Questionamos desde o interesse real de deputados e senadores em promover mudanças efetivas no sistema de representação, até os pontos de uma possível reforma que signifique algum avanço democrático no processo eleitoral. Veja o que está em debate.Além disso, a revista contempla boas reportagens sobre a militarização da Prefeitura de São Paulo, a luta dos povos indígenas para criar a sua própria Universidade, o começo da Terceira Intifada Palestina contra o terrorismo do Estado de Israel, o processo da família Merlino contra o antigo comandante do Doi-Codi, a mobilização dos movimentos sociais em torno do Tribunal Popular da Terra, o perfil do crítico literário e militante Antonio Candido, e duas excelentes entrevistas: uma com o químico Esteban Volkov, neto do líder soviético León Trotsky, e outra com o professor José Luiz Fiorin, da USP, que analisa o preconceito da norma culta contra a linguagem popular.E claro, como sempre, estão também nesta edição os artigos de José Arbex Jr., Gilberto Felisberto Vasconcellos, Frei Betto, João Pedro Stedile, Emir Sader, Gershon Knispel, Marcos Bagno, Joel Rufino dos Santos e demais colaboradores da revista.Caros Amigos – A primeira à esquerda. Uma publicação muito além das revistas de mercado.

 Abraços

Wagner Nabuco




Enfim, se você é uma pessoa inteligente e gosta de boas leituras e quer fugir desta mídia parcial e  preocupada apenas com o aspecto consumista deve assinar e divulgar a CAROS AMIGOS.

NOTA DE REPÚDIO A REDE BAND

Band veicula mentiras sobre Raposa Serra do Sol


Decorridos dois anos do julgamento pelo Supremo Tribunal Federal – STF, que reconheceu a legalidade da homologação da terra indígena Raposa Serra do Sol, os povos indígenas que ali vivem continuam sob intensa perseguição por parte da classe política e dos rizicultores. Na segunda semana de julho de 2011 os ataques aos povos indígenas ficaram mais evidentes com a divulgação de uma série de reportagens pela TV Band.

As reportagens são mentirosas em todos os aspectos que tratam da questão indígena e, mais precisamente, quando aludem aos povos da terra Raposa Serra do Sol. A referida terra indígena é território tradicional dos povos Makuxi, Wapixana, Ingaricó, Taurepang, Patamona e Sapará, que trabalham e produzem para seu sustento e cada vez mais buscam elevar sua qualidade de vida. Lamentavelmente, o poder público – tradicional aliado dos grupos anti-indígenas, tem se mostrado negligente para atender aos pleitos desses povos.

As imagens, por exemplo, que mostram indígenas recolhendo lixo não refletem a realidade. Essa situação existe há muito tempo em Roraima como conseqüência da exclusão social. Do lixão de Boa Vista sobrevivem pessoas de vários segmentos excluídos, entre os quais um pequeno grupo de indígenas – que, morando na capital, não tem acesso a educação, saúde, emprego, moradia e outros mínimos benefícios porque o Estado de Roraima tem se mostrado incompetente para formular políticas contra a exclusão social.

Repudiamos as autoridades governamentais que tem se prestado a assumir a bandeira dos grupos anti-indígenas que tentam, por todos os meios, rever a regulamentação da terra indígena Raposa Serra do Sol, mobilizando, para isso, as mais altas autoridades do país.

Reafirmamos o compromisso de defender o direito de todos os povos da terra Raposa Serra do Sol bem como de todos aqueles que buscam o reconhecimento e a regularização de seus territórios tradicionais, ao mesmo tempo em que estaremos sempre vigilantes contra os meios de comunicação que agem de forma tendenciosa e mentirosa, desprezando os princípios éticos da comunicação e o direito de todo sociedade à informação.

Manaus (AM), 17 de julho de 2011.


Associação dos Povos Indígenas de Roraima – APIRR
Associação Indígena Tupinambá da Serra do Padeiro – AITESP
Conselho Indígena de Roraima – CIR
Conselho Indigenista Missionário – CIMI NORTE I
Federação das Organizações Indígenas do Médio Purus - FOCIMP
Organização das Mulheres Indígenas de Roraima – OMIR
Organização Dos Indígenas da Cidade – ODIC

fonte:  Cimi - Regional Norte I

Para este tipo de matéria nada melhor que o comentário de Carlos Terena:

"EU NÃO PERCO MEU TEMPO VENDO AS PORCARIAS DA BAND, SE COMENTARAM OU FALARAM INVERDADE A RESPEITO DE NOSSOS PARENTES, ELES ESTÃO NO PAPEL DELES,  AFINAL O NOME JÁ DIZ:  BANDEIRANTES".



sábado, 16 de julho de 2011

OFICINAS ESTADUAIS DE MONITORAMENTO EM DIREITOS HUMANOS

A Coordenação do Projeto Monitoramento em Direitos Humanos convida todos/as para participar das OFICINAS ESTADUAIS DE MONITORAMENTO EM DIREITOS HUMANOS, a ser realizada em todos os estados e no Distrito Federal.



As Oficinas têm como finalidades: discutir a prática do monitoramento em direitos humanos – o que é, formas de realizá-lo, processo histórico de construção, aprendizados, desafios; levantamento de subsídios para a construção do III Contra Informe (elaborado pela sociedade civil) a partir dos últimos quatro anos (2007-2011); formação de Comitês Estaduais de Monitoramento do PNDH-3 e coleta de imagens e depoimentos sobre casos e situações de violações aos direitos humanos nos Estados.

Para alcançar esses objetivos, espera-se contar com a participação de organizações e movimentos com trajetória na luta por direitos humanos nos estados que, ao final da Oficina, deverão construir uma dinâmica que dê continuidade ao processo de articulação da sociedade civil que vise o monitoramento das recomendações do Pacto Internacional dos Direitos Humanos Econômicos, Sociais e Culturais (PIDESC), do qual o Brasil é signatário e do Plano Nacional de Direitos Humanos - PNDH 3.

Oficinas agendadas:

1) Maranhão (São Luis) Data: 15.07.2011

2) Ceará (Fortaleza) Data: 22 e 23.07.2011

3) Acre (Rio Branco) Data: 05.08.2011

4) Santa Catarina (Joinville) Data: 06.08.2011

5) Sergipe (Aracajú) Data: 16 e 17.08.2011

 
Oficinas já realizadas

Alagoas, Tocantins e Cuiabá


Percebam que a Bahia não realizou e nem está agendada.
Maiores informações:

Enéias da Rosa

Secretaria Executiva do Projeto Monitoramento em DH

(62)8141-0102- 3223-6662



sexta-feira, 15 de julho de 2011

AGROTÓXICO MATA!

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quinta-feira, 14 de julho de 2011

PRESÍDIO DE ITABUNA UM BARRIL DE PÓLVORA

Em entrevista as emissoras de TV de Itabuna, Dr. Davi Pedreira, presidente da comissão de direitos humanos da OAB local, afirmou que “o problema da superlotação carcerária em Itabuna deverá ter a atenção de todos, razão pela qual, sugere que haja urgentemente um mutirão cacerário para que seja resolvido, em parte, os graves problemas que hoje vive no presídio desta cidade”.

A Diretoria da OAB de Itabuna e membros da Comissão de Direitos Humanos, realizaram uma visita no presídio de Itabuna para constatar a existência de excesso de presos, bem como havia pessoas com as suas respectivas penas cumpridas, diante das denuncias chegadas à OAB, através de familiares dos presos. Segundo o presidente da OAB local, Andirlei Nascimento Silva, a situação do presídio da cidade é grave, uma vez que o mesmo foi construído para abrigar 460 presos, no entanto, já temos um excesso de mais do dobro da capacidade prevista. Também constatou-se que existem casos de presos que já cumpriram as suas respectivas penas há mais de cinco meses, porém, sem serem colocados em liberdade.

Diante desta grave constatação através da intervenção da OAB, os alvarás de solturas de alguns dos presos foram expedidos. “Está sendo encaminando um ofício ao Governador Jacques Vagner, sugerindo a construção de uma cadeia pública para os presos provisórios, conforme determina a Lei de Execuções Penais, o que até a presente data não foi cumprido já que o presídio não mais tem capacidade de abrigar todos os presos, ressaltou Nascimento.

Ele ressalta ainda que o presídio de Itabuna, hoje, é um barril de pólvora e que poderá ocorrer uma rebelião de grandes proporções. “O Estado tem que adotar de forma urgente políticas públicas mais eficazes para conter a onda de violência que aflinge a todos nós, nos quatro canto do nosso Estado”, afirma. A vice-presidente da OAB local, Jurema Cintra, afirma que “existe muitos presos com bom comportamento e que ainda não tiveram a progressão da pena para trabalharem durante o dia e se recolherem à noite, para que estas pessoas voltem ao convívio social, com uma profissão definida, uma vez que pagaram a sua dívida com o Estado e deste modo se faz necessário a convivência em sociedade”.

Quando da visita da comissão ao presídio a OAB entregou ao diretor do presídio, Capitão Mascarenhas, alguns computadores usados para o projeto de rescocialização dos presos. Mascarenhas agradeceu à doação dos computadores e disse que parabeniza a OAB de Itabuna pelos serviços que vem prestando, principalmente, a comunidade. “Outras empresas e instituições deveriam seguir o exemplo da Ordem dos Advogados de Itabuna”.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

BRASIL FILMES,APRESENTA: ETERNO RETORNO DO MESMO!

Dados veiculados sobre a festejada política econômica do governo exibem nítidas contradições. Se os números indicam o aumento do crescimento, consumo e prosperidade, por outro lado, os mesmos números mostram que o modelo de desenvolvimento adotado é insustentável, inviável e injusto.

Como decorrência natural dessa contradição, o atual modelo não será capaz de resolver os grandes, graves e complexos problemas da sociedade brasileira. Ao contrário, irá agravá-los e acentuá-los cada vez mais.

Isso porque o seu desempenho, o seu tão propalado sucesso e o seu objetivo maior se fundamentam não na resolução dos seculares problemas do nosso país, mas em garantir o pagamento dos juros e encargos da dívida brasileira, que, por sua vez, impede o Brasil de crescer o tanto que precisa para distribuir a renda necessária capaz de consolidar uma verdadeira democracia social.

À primeira vista, pelo fato de milhões de pessoas terem sido retiradas da linha da pobreza e outras tantas terem ascendido socialmente, pode-se imaginar que finalmente o país encontrou o seu rumo, para cumprir o seu destino de terra da promissão.

Em grande parte essa sensação de prosperidade só chegou ao conjunto da população por meio de programas de empréstimo e transferência de renda, o que possibilitou a entrada de milhões de pessoas no mercado de consumo, como forma de, na verdade, viabilizar a articulação e o fortalecimento das elites dirigentes, financiando-as e enriquecendo-as como nunca se viu na história desse país.

Assim, mais uma vez, as classes trabalhadoras e a sociedade brasileira estão à mercê de um plano econômico que revitalizou o patronato em sua estratégia de dominação e o pôs no comando da política e do Estado, agente social que sempre impediu o desenvolvimento aqui de uma nação independente e soberana.

Obs:

leia o artigo integral no blog: http://www.diariodluta.blogspot.com/
e encaminhe para os seus contatos.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Filhos dos políticos em escola pública - Participe desta campanha

Está tramitando no congresso um projeto de lei que obriga políticos a matricularem seus filhos em escolas públicas visando a melhoria da qualidade do ensino em nosso país.

Parece até pegadinha do malandro, mas será que sai do papel?

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 480, DE 2007, que determina a obrigatoriedade de os agentes públicos eleitos matricularem seus filhos e demais dependentes em escolas públicas até 2014.

O senador Cristovam Buarque apresentou um projeto de lei propondo que todo político eleito (vereador, prefeito, Deputado, etc.) seja obrigado a colocar os filhos na escola pública.

As conseqüências seriam as melhores possíveis.

Quando os políticos se virem obrigados a colocar seus filhos na escola pública, a qualidade do ensino no país irá melhorar. E todos sabem das implicações decorrentes do ensino público que temos no Brasil.



PROJETO DE LEI DO SENADO Nº, DE 2007

PLS - PROJETO DE LEI DO SENADO, Nº 480 de 2007

Determina a obrigatoriedade de os agentes públicos eleitos matricularem seus filhos e demais

dependentes em escolas públicas até 2014.

O CONGRESSO NACIONAL decreta:

Art. 1º

Os agentes públicos eleitos para os Poderes Executivo e Legislativo federais, estaduais, municipais e do Distrito Federal são obrigados a matricular seus filhos e demais dependentes em escolas públicas de educação básica.

Art. 2º

Esta Lei deverá estar em vigor em todo o Brasil até, no máximo, 1º de janeiro de 2014.

Parágrafo Único. As Câmaras de Vereadores e Assembléias Legislativas Estaduais poderão antecipar este prazo para suas unidades respectivas.

JUSTIFICAÇÃO

No Brasil, os filhos dos dirigentes políticos estudam a educação básica em escolas privadas. Isto mostra, em primeiro lugar, a má qualidade da escola pública brasileira, e, em segundo lugar, o descaso dos dirigentes para com o ensino público.

Talvez não haja maior prova do desapreço para com a educação das crianças do povo, do que ter os filhos dos dirigentes brasileiros, salvo raras exceções, estudando em escolas privadas. Esta é uma forma de corrupção discreta da elite dirigente que, ao invés de resolver os problemas nacionais, busca proteger-se contra as tragédias do povo, criando privilégios.

Além de deixarem as escolas públicas abandonadas, ao se ampararem nas escolas privadas, as autoridades brasileiras criaram a possibilidade de se beneficiarem de descontos no Imposto de Renda para financiar os custos da educação privada de seus filhos.

Pode-se estimar que os 64.810 ocupantes de cargos eleitorais – vereadores, prefeitos e vice-prefeitos, deputados estaduais, federais, senadores e seus suplentes, governadores e vice-governadores, Presidente e Vice- Presidente da República – deduzam um valor total de mais de 150 milhões de reais nas suas respectivas declarações de imposto de renda, com o fim de financiar a escola privada de seus filhos alcançando a dedução de R$ 2.373,84 inclusive no exterior. Considerando apenas um dependente por ocupante de cargo eleitoras.

O presente Projeto de Lei permitirá que se alcance, entre outros, os seguintes objetivos:


a) ético: comprometerá o representante do povo com a escola que atende ao povo;

b) político: certamente provocará um maior interesse das autoridades para com a educação pública com a conseqüente melhoria da qualidade dessas escolas.

c) financeiro: evitará a “evasão legal” de mais de 12 milhões de reais por mês, o que aumentaria a disponibilidade de recursos fiscais à disposição do setor público, inclusive para a educação;

d) estratégica: os governantes sentirão diretamente a urgência de, em sete anos, desenvolver a qualidade da educação pública no Brasil.

Se esta proposta tivesse sido adotada no momento da Proclamação da República, como um gesto republicano, a realidade social brasileira seria hoje completamente diferente. Entretanto, a tradição de 118 anos de uma República que separa as massas e a elite, uma sem direitos e a outra com privilégios, não permite a implementação imediata desta decisão.

Ficou escolhido por isto o ano de 2014, quando a República estará completando 125 anos de sua proclamação. É um prazo muito longo desde 1889, mas suficiente para que as escolas públicas brasileiras tenham a qualidade que a elite dirigente exige para a escola de seus filhos.

Seria injustificado, depois de tanto tempo, que o Brasil ainda tivesse duas educações – uma para os filhos de seus dirigentes e outra para os filhos do povo –, como nos mais antigos sistemas monárquicos, onde a educação era reservada para os nobres.

Diante do exposto, solicitamos o apoio dos ilustres colegas para a aprovação deste projeto.


Sala das Sessões,

Senador CRISTOVAM BUARQUE


O engraçado é que projetos para reajuste salarial, salários extra, gastos com escritório, moradia, telefone, correios, carro, motorista, passagens aéreas, dentre outros benefícios que já ultrapassam 120 mil mensais para cada senador são aprovados instantaneamente.



Ajude a divulgar!



quarta-feira, 6 de julho de 2011

NÃO PRECISAMOS DE MAIS VEREADORES

No mês passado postamos aqui no blog, a informação sobre o aumento do numero de Vereadores em muitos municipios, entre eles é claro em Itabuna. Agora  vem de Jaraguá do Sul em Santa Catarina uma execelente ideia. As Entidades sérias e preocupadas como  bem do povo, deveria reproduzir em todo o Brasil, esperamos que aqui em Itabuna, possamos nos unir e fazer acontecer muitos destes Outdoor.

E não só com os vereadores, mas também com deputados estaduais, federais e senadores?



SERÁ QUE TAMBÉM, TEMOS QUE FAZER ISSO, EM NOSSA CIDADE! ESPERAMOS QUE SIM.

O outdoor colocado na rua Olívio Domingos Brugnago, no bairro Vila Nova, em Jaraguá do Sul (SC), demonstra a indignação sobre a proposta de aumento do número de vereadores na Câmara.


Na Ilha da Figueira, bairro de Jaraguá do Sul, foi colocado o outdoor abaixo:




E finalmente...




Você concorda? Então repasse!!! Divulgue,,,

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Cimi Lança Relatório de Violência contra os povos Indígenas

Foi lançado no último dia 30 de junho, no auditório da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Brasília, o relatório “Violência contra os Povos Indígenas no Brasil” referente ao ano de 2010. O relatório é produzido anualmente pelo Conselho Indigenista Missionário (Cimi), organismo vinculado à CNBB, que trata da causa indígena no país, que neste ano trouxe dados alarmantes sobre a realidade dos povos indígenas no país.

O secretário geral da CNBB, dom Leonardo Urich Steiner agradeceu a escolha do Cimi por lançar o material na CNBB, pois, segundo o bispo, “a Conferência dos Bispos é uma casa democrática que luta pelo ideal e o bem estar de todos, inclusive dos irmãos indígenas”.

“Nossos irmãos indígenas merecem todo o nosso respeito e admiração. Eles são os povos originários dessas terras. Nós somos os ‘invasores’, não eles. Venho do Mato Grosso (diocese de São Felix do Araguaia) e é inadmissível que indígenas sejam descartados ou excluídos de nossa sociedade como fazem nos dias atuais, por isso sempre lutaremos e apoiaremos o Cimi e a causa indígena desse país”, ressaltou dom Leonardo.

O presidente do Cimi e bispo da Prelazia do Xingu (PA), dom Erwin Krautler destacou o “triste” cenário em que vivem os indígenas no Brasil. Segundo o bispo, só no Mato Grosso (MT), de 100 nascimentos de crianças indígenas, 60 morrem antes de completar um ano de vida, e a causa dessas mortes são, em sua totalidade, doenças curáveis e “até mesmo banais”, como diarréia, subnutrição ou doenças respiratórias. “O que mais choca é a falta de comprometimento e de interesse dos governantes, que entra ano, sai ano, não tomam nenhuma atitude para amenizar o sofrimento dos índios. Crianças morrem por falta de medicamentos básicos. Os idosos nem atendimento conseguem nos postos de saúde. Cadê os Direitos Humanos, que o Brasil teima em dizer que faz parte?”, questionou.

A antropóloga e coordenadora da pesquisa, Lúcia Helena Rangel apresentou os números referentes a 2010. Ela afirma que os dados são assustadores. No ano passado 60 indígenas foram assassinados (dado que se repete pelo 3º ano consecutivo) e outros 152 ameaçados de morte. Foram registrados 33 casos de invasões possessórias e exploração ilegal de recursos naturais disponíveis em terras indígenas.

“O Mato Grosso do Sul é campeão com 34 casos, o que representa 56% do total. O estado possui a segunda maior população indígena do país”, disse a antropóloga.

Ainda de acordo com o relatório do Cimi, os índices de mortalidade infantil aumentaram 513% se comparados a 2009, quando foram registrados 15 casos, com 15 vítimas. Dados revelam que de 11 anos para cá, 210 crianças menores de 10 anos morreram no Vale do Javari (AM). Uma proporção de mais de 100 mortes para cada mil nascidos vivos, índice cinco vezes maior que a média nacional, que não chega a 23.

Nos estados do Sul do Brasil (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) foi constatado pela pesquisa do Cimi que há populações indígenas vivendo em beira de estrada, de rodovias há pelo menos 10 anos, sem que haja alguma modificação, por parte dos estados, da forma de vida desses povos. “Os agricultores, por sua vez, pressionam esses indígenas de beira de estrada. O poder policial também, então o número de conflitos com essas comunidades tradicionais é diário, causando um número assustador de suicídio, de assassinatos e de prisões de índios no sul”, explicou Lúcia.

Ela sublinhou ainda como “gravíssima” a situação do Mato Grosso, considerado por ela o estado que mais derruba áreas de floresta, com uma “explosão” nos números referentes ao desmatamento ambiental, afetando 100 áreas indígenas e 20 áreas de proteção. E no Maranhão, que, como quase não há mais áreas de florestas, as únicas estão em bolsões demarcados indígenas, então o conflito por terras, madeiras e recursos naturais são corriqueiros.

“Quase 100% das construções de hidrelétricas no Brasil, as áreas alagadas ou alagáveis, caso de Belo Monte, atingem áreas de reservas indígenas. Este é um dado. O outro dado é, com o debate sobre o novo Código Florestal, que tramita no Congresso Nacional, madeireiros de Mato Grosso, em busca da tal anistia prometida pelo governo, aos infratores, aumentou em 200% o número de hectares derrubados no estado, algo que considero dantesco e lastimável”, disse a antropóloga.

Informações sobre o relatório estão disponíveis no site do Conselho Indigenista Missionário, no endereço http://www.cimi.org.br/.


domingo, 3 de julho de 2011

CIDADE PEQUENA É UM PERIGO

Eu Te Conheço?


                  Num julgamento em ITACARÁ-TO, o Promotor de Justiça chama sua primeira testemunha, uma velhinha de idade bem avançada.

                Para começar a construir uma linha de argumentação, o Promotor pergunta à velhinha:

                - Dona Genoveva, a senhora me conhece, sabe quem sou eu e o que faço?

                - Claro que eu o conheço, Heuler! Eu o conheci bebê. Só chorava, e francamente, você me decepcionou. Você mente, você trai sua mulher, você manipula as pessoas, você espalha boatos e adora fofocas.. Você acha que é influente e respeitado na Cidade, quando na realidade você é apenas um coitado.
 Nem sabe que a filha esta grávida, e pelo que sei, nem ela sabe quem é o pai. Ah, se eu o conheço! Claro que conheço!

                O Promotor fica petrificado, incapaz de acreditar no que estava ouvindo. Ele fica mudo, olhando para o Juiz e para os jurados.. Sem saber o que fazer, ele aponta para o advogado de defesa e pergunta à velhinha:

                - E o advogado de defesa, a senhora o conhece?

                A velhinha responde imediatamente:

                - O Tidão? É claro que eu o conheço!
                
Desde criancinha. Eu cuidava dele para a Marina, a mãe dele,pois sempre que o pai dele saia, a mãe ia pra algum outro  compromisso. E ele também me decepcionou. É preguiçoso, puritano, alcoólatra e sempre quer dar lição de moral nos outros sem ter nenhuma para ele. 

Ele não tem nenhum amigo e  ainda conseguiu perder quase todos os 4 processos em que atuou. Além de ser traído pela mulher com o mecânico... com o me-câ-ni-co!!!

                Neste momento, o Juiz pede que a senhora fique em silêncio, chama o promotor e o advogado perto dele, se debruça na bancada e fala baixinho aos dois:

                'Se algum de vocês perguntar a esta velha se ela me conhece, vai sair desta sala preso... Fui claro???


SEMINÁRIO DE LANÇAMENTO DO TRIBUNAL POPULAR DO JUDICIÁRIO

O seminário de lançamento do Tribunal Popular do Judiciário aconteceu nos dias 30 de junho e 01 de julho de 2011, no auditório da Organização Fraternal São José, em Salvador. Contando com a presença de mais de 40 Entidades da Articulação de Políticas Pública (APP), de todo o estado da Bahia, representantes de povos indígenas, quilombolas, riberinhos, terreiros, catadores de material reciclado, sindicatos rurais, Pastorais sociais, Associação dos Juízes para a Democracia, entre outros.

O Poder Judiciário vive um contexto político de imensa descrença da população brasileira na instituição. Esta tem se mostrado como uma das estruturas mais conservadoras, marcada por uma cultura positivista e elitista, ignorando por completo a dinâmica social e aplicando o Direito ao belo sabor de suas influências formais e legalistas, normalmente assegurando o direito de propriedade; garantindo a permanência de prefeitos corruptos; criminalizando as ações dos movimentos sociais, ao tempo que se omite dos julgamentos de atos que desrespeitam os direitos fundamentais garantidos na Constituição.

Esta realidade citada no parágrafo acima foi constatada nos diversos relatos feitos pelos participantes do seminário, e também pode ser confirmado no site do Conselho Nacional de Justiça, que em artigo publicado em abril deste ano afirma: “TJBA pior do Brasil, segundo o relatório do CNJ, pelo segundo ano, em posição desconfortável na Meta 2” , cita o relatório: “...Por outro lado as queixas e representações enviadas a Corregedoria Nacional do CNJ vindas do Estado da Bahia revela o descalabro do judiciário baiano. Isto fica ainda mais claro numa rápida leitura do último relatório do CNJ, que imprime no quesito Meta 2 e aponta que o TJBA tem a pior posição, consequentemente, os piores julgadores pela segunda vez consecutiva. É isso, o pior do país!...” acesse o relatório na integra:

Após as varias reflexões e dos trabalhos em grupo, frente a “blindagem” do judiciário baiano, os Movimentos Sociais reafirmaram a necessidade de construir um tribunal popular do judiciário, como forma de denunciar a postura e a matriz ideológica que dirige a maioria dos magistrados brasileiros que tem respondido às demandas populares e lutas por acesso a direitos já previstos na própria legislação, com a criminalização dos movimentos sociais.

Com a realização deste seminário tem início ao calendário do Tribunal Popular do Judiciário que conta com caravanas que percorrerão o estado da Bahia observando e denunciando violações de direitos cometidas pelo Judiciário baiano.

Pelo menos dez núcleos foram criados nas varias regiões da Bahia para dar inicio a caminhada de consolidação para a realização do Tribunal Popular do Judiciário da Bahia, que acontecerá em três momentos: primeira etapa: Repasse da Proposta as bases e sensibilização, mobilização e articulação das comunidades; Segunda etapa: As visitas das caravanas, levantamentos dos casos, provas, encontros municipais e nas regiões e por fim a terceira etapa: O Tribunal Estadual.

A principio a proposta é que as duas primeiras etapas aconteçam até o final de 2011 e no primeiro semestre de 2012 se realize o Tribunal Estadual.

Todo o seminário de lançamento foi enriquecido pelos depoimentos dos participantes, pela exposição da mesa que abordou os eixos: violação dos direitos humanos, Conflitos fundiários, Crimes ambientais e Relação sociedade civil x Estado, além disto o seminário, foi permeado pela rica contribuição do juiz Jorge Moreno que a partir da experiência do Tribunal Popular do Judiciário em curso no Maranhão deixou para os participantes muita experiência concreta e Jorge também se colocou a disposição de contribuir com a caminhada na Bahia.

O Conselho de Cidadania Permanente esteve presente no seminário e participará das caravanas e na construção deste importante instrumento de controle social para  a sociedade bahiana.



sexta-feira, 1 de julho de 2011

Mobilizações chamam atenção para gastos e impactos da Copa do Mundo de 2014

Karol Assunção -  Jornalista da Adital

Nota do site Adital

O Brasil se prepara para sediar a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Ao mesmo tempo em que crescem as obras para a realização dos eventos esportivos, aumentam as preocupações de comunidades populares, organizações sociais e de defesa dos direitos humanos. Comunidades despejadas ou ameaçadas de despejo, especulação imobiliária e violações aos direitos humanos são apenas algumas situações observadas por esses grupos.

Para chamar atenção da sociedade para esses pontos, Comitês Populares da Copa realizaram mobilizações. no último dia 30/07, as cidades do Rio de Janeiro (RJ) e de São Paulo (SP) foram palco de marchas e atos públicos sobre o assunto.

No Rio de Janeiro, o Comitê realizou às 10h uma marcha do Largo do Machado rumo à Marina da Glória, local onde aconteceu o sorteio preliminar das eliminatórias da Copa do Mundo. Já na capital paulista, os integrantes do Comitê realizaram um ato com concentração no Metrô de Itaquera, também às 10h.

Rosilene Wansetto, membro da coordenação do Jubileu Sul, explica que as mobilizações têm o objetivo de "demonstrar como Copa está sendo conduzida”. De acordo com ela, as atividades, dentre outros pontos, destacarão as violações aos moradores das cidades sedes do evento mundial e exigirão transparência nos processos de licitação.

A integrante do Jubileu Sul cita algumas das principais preocupações das organizações que integram os comitês, como o despejo e a ameaça de remoção de comunidades, o aumento da exploração sexual de mulheres e meninas, a remoção de trabalhadores informais de áreas próximas aos estádios, e a situação precária de trabalhadores da construção civil.

Rosilene ainda destaca a falta de transparência nas licitações e nos valores destinados às obras desses eventos. Além disso, mostra a divisão desigual do investimento para as competições internacionais e para as próprias políticas esportivas nacionais.

Segundo o documento da Articulação Popular Nacional pela garantia de Direitos Humanos no contexto dos Megaeventos, a previsão era "de R$24 bilhões de recursos públicos” para as obras das 12 cidades sedes, valor "10 vezes o orçamento do Ministério dos Esportes” para este ano. "[Isso mostra] que não temos políticas de inclusão através do esporte, mas o Estado investe nesses eventos”, conclui.

Isso sem falar que os gastos já superaram o valor previsto no orçamento inicial, o que, segundo Rosilene, também pode acarretar em um aumento da dívida interna. "Em alguns estádios, vemos valores bem diferentes do orçamento inicialmente previsto. Isso só falando nos estádios, sem falar nas obras de mobilidade urbana”, lembra.

A integrante do Jubileu Sul reclama da falta de transparência nas informações referentes às obras e gastos da Copa. Para ela, tais informações e dados precisam ser de "domínio público”. "A população não tem acesso aos projetos, aos estudos técnicos. Algumas obras já foram iniciadas sem termos acesso aos estudos técnicos de impacto social, financeiro, ambiental e urbanístico”, comenta.

Demandas

Por conta desse quadro, a Articulação Popular Nacional pela garantia de Direitos Humanos no contexto dos Megaeventos elaborou um documento com nove pontos que guiam as demandas e as discussões dos Comitês Populares. São eles: participação/consultas públicas nas ações e obras propostas para os megaeventos; transparência e acesso à informação; divulgação de orçamentos e suas execuções monitoradas pela sociedade civil; respeito aos direitos trabalhistas; despejo zero; não a outras violações de direitos humanos; legado social e ampliação de direitos; repúdio à "cidade de exceção”; e defesa de uma política esportiva e cultural.


O documento da Articulação na íntegra pode ser lido em: http://comitepopulario.wordpress.com/documento-da-articulacao-popular-nacional-pela-garantia-dos-direitos-humanos-no-contexto-dos-megaeventos/

CRISTIANISMO MUMIFICADO, AUSÊNCIA DE PROFETISMO

Por César Augusto Rocha - coordenador do Conselho Diocesano de Leigos/as











Quando olho para esta crise civilizacional que estamos vivendo e para os sofrimentos que dilaceram a vida de tantos irmãos e irmãs nas periferias deste mundo, percebo o quanto nos distanciamos de nós mesmos e de Deus, razão maior de nossa existência. Trilhamos caminhos tortuosos e obscuros, nos esquecemos daquilo que nos humaniza, deixamos com que as cinzas do materialismo e do consumismo diminuíssem o brilho da centelha divina que ainda fumega em nós(...) Vaidade e presunção pensar que nos bastaríamos e que poderíamos alcançar a felicidade as custas da dor e da miséria de tantos. Se nós pudéssemos sentir, viver mesmo que por alguns instantes, as mesmas amarguras daqueles que vivem nos porões da humanidade, talvez entenderíamos que o essencial da fé cristã não é a observância cega de preceitos e ritos, mas a capacidade de amar o outro como Cristo amou e ser na vida dele um sinal de Ressurreição.

Burocratizamos e mumificamos de tal maneira nossa vida cristã que acabamos perdendo a espontaneidade própria dos filhos de Deus, a admiração e o enamoramento daqueles que se apaixonam por um nobre ideal. A evangelização precisa estar impregnada de paixão pelos valores do Reino, de fascínio e encantamento pelo projeto libertador de Jesus Cristo, daquela perfeita alegria descrita de maneira tão profunda por São Francisco de Assis. Esse encontro de amor com Deus, São João da Cruz descreveu de forma cristalina em seu cântico espiritual:


"Mostra a tua presença! Mata-me a tua vista e formosura;

olha que a doença de amor não se cura

senão com a presença e a figura."


A indiferença para com as minorias distorce o verdadeiro sentido da evangelização, é transformar o Evangelho e a mensagem de Jesus num grande "faz de conta". Quando agimos assim, sepultamos o Deus vivo e transformamos o nosso batismo num mero ritualismo inexpressivo. O emudecimento de alguns movimentos da Igreja, por exemplo, diante da horrenda desumanidade que grassa nesta sociedade é algo execrável e vergonhoso. Quem tem ouvidos, ouça! É hora de reavivar a nossa experiência com Deus, reacender a luz inconfundível de Cristo que ilumina a escuridão do nosso individualismo e romper com a visão míope que temos sobre a nossa atuação na sociedade.

Em vez de burocratas do sagrado, precisamos de homens e mulheres capazes de escutar os clamores de seu povo e agir em favor dele. Os leigos e leigas devem almejar essa maturidade na fé, romper com todo modelo eclesiológico piramidal que ainda persiste em algumas paróquias e comunidades para viverem plenamente a sua vocação e identidade eclesial. Precisamos transcender a nossa visão a respeito de Cristo, nos esforçarmos para compreender as suas escolhas, os seus conflitos e opções. Só assim, poderemos repetir com convicção as palavras do apóstolo Paulo: "Já não sou eu que vivo, é Cristo que vive em mim" (Gal 2, 20).