domingo, 30 de outubro de 2011

Jovens católicos discutem protagonismo feminino no Dia Nacional da Juventude

Camila Maciel - Jornalista da Adital


Neste domingo (30), jovens de comunidades católicas de todo o Brasil irão celebrar a 26ª edição do Dia Nacional da Juventude (DNJ). Em 2011, as atividades que marcam a data têm como tema Juventude e protagonismo feminino. As preparações para o DNJ acontecem há pelo menos três meses, por meio de subsídios sobre o tema trabalhados nas dioceses. O formato das celebrações varia conforme a realidade de cada região.

De acordo com Padre Antônio Ramos, Pe. Toninho, assessor nacional da comissão episcopal pastoral para juventude da CNBB e coordenador do DNJ, o tema escolhido tem como objetivo motivar o protagonismo das mulheres na Igreja. Nesse sentido, a escolha também levou em consideração dois fatores: a discriminação no mundo do trabalho e o papel da mulher numa perspectiva bíblica.

"Ainda hoje, as mulheres enfrentam várias jornadas e, mesmo assim, recebem menos que os homens. Por outro lado, vemos muitas Marias contribuindo para a evangelização no país, especialmente, no Norte do Brasil. Temos que incentivar essa dimensão feminina na Igreja e motivar ainda mais a juventude a impulsionar esses caminhos”, ressalta.

O coordenador avalia que as novas gerações estão mais abertas para conformação de uma sociedade menos machista. "Os jovens casais já vislumbram uma convivência familiar comunitária. O homem também é responsável pelas tarefas domésticas, pela educação dos filhos”, exemplifica Pe. Toninho. Ele destaca que momentos de reflexão como o DNJ proporciona à juventude um novo olhar sobre as relações e possibilita novas posturas em relação às mulheres.

Este ano, os jovens da cidade de Barretos, interior do estado de São Paulo, irão celebrar duplamente o Dia Nacional da Juventude. No dia 30, a cruz Peregrina da Jornada Mundial de Juventude e o ícone de Nossa Senhora estarão na cidade. Os símbolos católicos estarão visitando os municípios brasileiros, tendo em vista que o Brasil irá realizar a próxima edição da Jornada Mundial em 2013. No próximo ano, durante o DNJ, a cruz e o ícone estarão na região Norte do país.

Histórico

O Dia Nacional da Juventude começou a ser celebrado em 1985, motivado para declaração do Ano Internacional da Juventude, pelas Nações Unidas (ONU). A partir de então, as lideranças católicas, que assumiram o primeiro ano de atividades, decidiram celebrar a data anualmente. Atualmente, o DNJ é uma atividade permanente da CNBB.

Em 26 anos de DNJ, muitos já foram os temas abordados, dentre eles: sociedade, terra, participação, educação, trabalho, América Latina, ecologia, AIDS, cultura, cidadania, direitos humanos, dívidas sociais, políticas públicas, meio ambiente, meios de comunicação, extermínio da juventude e celebração à memória. Para o Pe. Hilário Dick, a diversidade dos temas abordados expressa a "necessidade de apresentar uma Teologia e uma Espiritualidade que se mistura com a realidade juvenil e do povo”, conforme material de divulgação do DNJ.


Para mais informações: http://www.pj.org.br/

sábado, 29 de outubro de 2011

8º Encontro Nacional de Fé e Política

 * Jaime Carlos Patias

Hoje e amanhã, a cidade de Embu das Artes, na diocese de Campo Limpo, São Paulo acolhe o 8º Encontro Nacional de Fé e Política, que nesta edição tem como tema "Em Busca da Sociedade do Bem-viver: Sabedoria, Protagonismo e Política". A programação do Encontro prevê três grandes conferências e 16 plenárias temáticas. Além disso, estão previstas atividades culturais e celebrações, um ato ecumênico e uma caminhada em memória aos 32 anos do assassinato do líder operário Santo Dias, e para marcar os 90 anos de dom Paulo Evaristo Arns e o Dia Nacional da Juventude.

Segundo a coordenação do Movimento Nacional de Fé e Política, o "Bem-viver" é um conceito que visa recriar, diante do fracasso do neoliberalismo, um antigo conceito de certas culturas andinas como os Quetchua e Aymará. Os povos tradicionais do nosso continente buscam em sua sabedoria ancestral uma proposta de vida que vem contribuindo para a construção de uma nova ordem social e política. Tendo sido incorporado nas Constituições da Bolívia (2009) e do Equador (2008), o Bem-viver despertou a atenção. Não se trata de uma volta a um passado idealizado. Os povos originários deste continente, apesar da colonização européia "civilizada e cristã", ainda mantêm modos de vida muito diferentes da moderna sociedade de mercado. Sua ideia central é a vida em harmonia consigo mesmo, com outras pessoas do mesmo grupo, com grupos diferentes, com Pacha Mama - a Mãe Terra seus filhos e filhas de outras espécies, e com os espíritos. Essa visão de mundo nos remete, na opinião do professor e pesquisador Ernesto Jacob Keim, ao que chamamos "princípios Eco-Vitais" que se caracterizam como direto inalienável de todas as pessoas desfrutarem de forma digna: alimento bom e suficiente; abrigo que atenda às necessidade de proteção; ocupação que valorize as potencialidades e talentos; afeto para promover amorosidade e sensibilidade o amor-compaixão; partilha como garantia de acesso aos bens para todos; cuidado como responsabilidade coletiva com o bem estar de todos e do Planeta, e espiritualidade entendida como consciência e vocação de todo o ser humano em "Ser Mais" na construção da Cidadania Planetária, onde tudo e todos integrem de tal forma que transcendem a materialidade de tempo e espaço. Inspirados no Bem-viver, a nossa vocação é portanto, um chamado a não nos conformarmos com os esquemas deste mundo de espetáculo e consumo que exalta o viver bem egoisticamente.

Saiba mais sobre o Movimento Nacional de Fé e Política.

O Movimento Nacional Fé e Política foi criado em junho de 1989, durante um encontro de pessoas unidas pela Fé cristã engajada nas lutas populares, com o objetivo de alimentar a dimensão ética e espiritual que deve animar a atividade política. Deixar-se animar pelo Espírito de vida, é a essência do Movimento Fé e Política, que não propõe diretrizes para ação política dos cristãos, nem se comporta como se fosse uma tendência político-partidária, mas que luta pela superação do capitalismo por meio da construção de um sistema sócio-econômico solidário e respeitoso da vida do Planeta.

Ao longo de sua existência o MF&P promoveu encontros de estudo, dias de espiritualidade e publicou quinze Cadernos de Fé e Política . Dez anos após sua criação, atento à nova conjuntura dos movimentos sociais, o Movimento passou a promover grandes Encontros Nacionais de Fé e Política.

Graças a essa coragem, ao longo dos séculos, as comunidades cristãs florescem e se multiplicam. Hoje, Deus continua chamando, dentro e fora das igrejas, no mundo e na sociedade, nas mais diversas situações e culturas, para a Missão de cuidar da vida no Planeta. Temos vocações de toda a sorte, ligadas ou não às igrejas, ordenadas ou leigas. Elas surgem como apóstolos e discípulos, pastores, profetas, profetisas, mensageiros, mártires da caminhada que não deixam cair a profecia e a esperança. Alguns já tombaram na fidelidade ou dormiram o sono da eternidade: Romero, Hélder, Adelaide Molinari, Cleusa, Sepé, Zumbi, Chicão, Marçal, Galdino, Dulce, Teresa, Margarida Alves, Luciano, Ezequiel, João Burnier, Josimo, José Comblin, Zilda, Maria, Nativo, Santo Dias, Frei Tito, Chico Mendes, Dorothy... Outros ainda seguem na luta e a lista é longa... Desde o ano 2000, à exemplo dos Interecleiais das CEBs, os encontros Nacionais de Fé e Política reúnem, em média, cerca de 4.000 pessoas dos diversos grupos espalhados pelo Brasil.

Eles e elas não estão sozinhos, existem muitas outras lideranças que não aparecem nos holofotes, mas brilham aos olhos de Deus que vê o que o mundo não quer enxergar. São consagrados e ordenados, pastores, líderes e coordenadores de movimentos sociais, sindicatos, cooperativas, entidades e grupos vários; quilombolas, lavradores, pescadores, ribeirinhos, indígenas, afros, operários, populares, acadêmicos, mulheres e homens, idosos, adultos, jovens, adolescentes e crianças. O sonho de Deus segue vivo e atuante no "Sim", que somos capazes de dizer na Missão de conjugar fé e política para organizar a sociedade como queremos.

Em tempos difíceis onde a ditadura do mercado atropela a vida, resistir é preciso para, como bem nos lembra Pedro Casaldáliga, "não deixar cair a profecia" ou perder a esperança. Não dá mais para nos conformarmos com os esquemas deste mundo capitalista e neoliberal que tem como motor o mercado de consumo e especulação. Na fé e na política, a nossa Missão é envolver-nos. Quem tem fé no Deus da Vida não consegue ficar somente incensando tronos e altares nas pomposas liturgias seguindo regras rígidas da sacristia e pretendendo que não tem nada a ver com o que está acontecendo ao seu redor. A fé se fortalece na medida em que se torna vida na busca do Bem Viver colaborando, com a construção do Reino de Deus, aqui e agora, na perspectiva do Reino Definitivo.


 * Jaime Carlos Patias, imc, é diretor da revista Missões. www.revistamissoes.org.br

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Os "perigos" do Evangelho

O CCP se reuniu mais uma vez para discutir sua agenda de atividades, entre estas a participação no Mutirão do Diabético a ser realizado no dia 12 de novembro próximo e a preparação do seminário de sobre ética. E dando continuidade ao nosso processo de formação refletimos mais um tema nesta reunião.

Qual o nosso papel na construção da sociedade.

A sociedade em que vivemos é resultado de uma construção em que todos nós participamos, de uma forma ou outra.

A sociedade é antes de tudo uma construção humana, em que interferem vários fatores: econômicos, sociais, políticos, culturais e ideológicos. Desta forma, esta construção vai mostrando seus vários lados. Para alguns a construção é muita proveitosa. Para outros, é tremendamente injusta e desumana.

Nossa participação na comunidade também é parte desta construção. Numa comunidade de base na periferia de uma cidade, várias pessoas se reuniram para a celebração. O Ministro celebrante falou da campanha, promovida pelas Igrejas, da coleta de assinatura para dar entrada ao projeto de lei pedindo uma reforma política.

Uma senhora da comunidade não gostou e disse que na Celebração não se deveria misturar as coisas de Deus com as coisas do mundo. Ela disse: “Eu vim aqui para louvar a Deus! A sujeira política deveria ficar fora da Celebração”.

Já outra senhora se levantou e disse que na comunidade também se deveria tratar destes assuntos políticos. Disse ela: “Afinal, nossa comunidade não está isolada da sociedade e cada um sabe onde lhe aperta o sapato”.

Começou então uma grande discussão entre as pessoas naquela comunidade a respeito desta mistura entre celebração de louvor e questões políticas.

A reflexão foi complementada com a leitura do livro dos Atos dos Apóstolos 17, 1-9. Onde os Judeus por inveja atacam os discípulos de Jesus, pois sentem que estão perdendo o prestigio entre o povo. Até este momento, os cristãos não tinham manifestado claramente as implicações políticas do anúncio do Evangelho e, principalmente, a crítica contra o absolutismo romano.

A mensagem cristã é um perigo para os que vivem bem na situação vigente. Qualquer pessoa que faça críticas ou que defenda mudanças logo é acusada de subversão ou de baderna. Durante a leitura deste episódio, envolvendo a equipe missionária de Paulo em Tessalônica, podemos notar que as reações da sociedade da época à mensagem dos missionários na leitura em Atos dos Apóstolos não são nenhum pouco diferentes das reações nos dias de hoje.

ENCONTRO DE ATINGIDOS PELA BAMIN ALERTA SOBRE IMPACTOS DO PORTO SUL

O primeiro dia do Encontro de Atingidos pela BAMIN, realizado ontem na Vila Juerana, em Ilhéus, reuniu cerca de 150 pessoas das comunidades afetadas pela construção das obras da Bahia Mineração (BAMIN). O objetivo da reunião, que continuará nesta sexta-feira, é ajudar as comunidades a entender a dimensão dos impactos socioambientais que a exploração do minério de ferro em Caetité, a construção do Complexo Intermodal Porto Sul e da Ferrovia Oeste-Leste (FIOL) terão sobre as regiões oeste, sul e sudoeste da Bahia. Os participantes se preparam para a Audiência Pública do projeto que acontecerá no sábado, dia 29, às 14h, no Centro de Convenções de Ilhéus.

Com apoio de organizações civis como Cáritas, Articulação São Francisco Vivo, CEAS (Centro de Estudos e Ação Social), CPT (Comissão Pastoral da Terra) e CESE (Coordenadoria Ecumênica de Serviços), representantes dos municípios de Barra do Rocha, Banco Central, Ubatã, Ubaitaba, Caetité, Pindaí, Aurelino Leal, Anurí, Bom Jesus da Lapa, Lagoa Real e Brumado ouviram ontem as palestras ministradas por Rui Rocha, do Instituto Floresta Viva; Joaci Cunha, do Centro de Estudos e Ação Social e Sander Prates, da Comissão Pastoral da Terra.

Uma das principais preocupações das organizações civis está relacionada à necessidade de reassentamento de cerca de quatro mil pessoas que residem na região. Além disso, alertam para a necessidade de aprofundamento de estudos sobre a previsão de morte de peixes e a possibilidade de colisões de navios com mamíferos marinhos, muito frequentes na área, além de alterações na movimentação de leitos de rios e de sedimentos costeiros – o que pode alterar a configuração das praias e manguezais da região.

A Rede Sul da Bahia Justo e Sustentável – movimento que reúne diversas entidades que lutam pelo desenvolvimento sustentável de Ilhéus e região, como o Ação Ilhéus, o Instituto Floresta Viva, o Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPÊ), Grupo Ambientalista da Bahia (Gambá), Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, Conservação Internacional do Brasil e Instituto de Estudos Socioambientais do Sul da Bahia, entende que a infraestrutura é uma necessidade eminente para o desenvolvimento do estado baiano. Porém, a escolha dos locais onde serão implementados os projetos deve ser feita com muito cuidado, tendo em vista que estamos falando de uma das poucas regiões brasileiras que ainda tem o privilégio de poder basear seu desenvolvimento em vocações econômicas naturais como o turismo, a pesca, o cacau e a economia florestal, entre outros.

O processo de revitalização e ampliação das estruturas logísticas já existentes em outras regiões da Bahia pode ser uma alternativa mais interessante para o meio ambiente, pessoas e fundamentalmente para a economia do estado. Se o mesmo montante a ser investido no Porto fosse aplicado nas atividades econômicas historicamente já existentes e potenciais, a geração de emprego e renda poderia ser maior do que as geradas pela implantação do complexo portuário.

Hoje também serão realizadas manifestações contra a construção do Porto Sul. Às 18h, os moradores atingidos e representantes de sociedades civis do Sul da Bahia vão se reunir em frente à Catedral São Sebastião para uma vigília. O movimento continuará no sábado, às 11h, com uma passeata a partir da catedral em direção ao local da Audiência Pública.

CNBB lança a 5ª Semana Social

Na sessão da parte da tarde desta quinta-feira, 27 de outubro, durante os trabalhos finais do Conselho Permanente da CNBB foi solenemente lançada a 5ª. Semana Social Brasileira. Na palavra de abertura, Dom Guilherme Werlang, bispo de Ipameri (GO) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para o serviço da Caridade, da Justiça e da Paz relembrou que a referência de base para a Semana é a 48a. Assembleia Geral que aprovou o Documento da Conferência a respeito da reforma do Estado para construção de uma “sociedade efetivamente democrática e participativa”.

Pe. Nelito Nonato Dornelas, assessor da Comissão 8, fez uma retomada histórica reforçando inúmeras iniciativas semelhantes na história da Igreja do Brasil. Citou um evento similar à Semana Social realizado em 1936 na arquidiocese do Rio de Janeiro e já naquele tempo se verificava que esse tiipo de reflexão já era um passo além do assistencialismo nas ações da Igreja e com vistas a fortalecer o sujeito, o cidadão para que ele próprio seja autor da transformação necessária.

“Estado para que? Estado para quem?” são questões como essas, segundo Pe. Nelito, que devem ajudar a compreender o papel do estado e a necessidade de uma urgente reforma e, desse modo, aprofundar a preparação para a realização da 5ª. Semana Social Brasileira a ser realizada em maio de 2013, sem data precisamente definida. No próximo ano, todo o movimento da Semana será realizado nas dioceses.



Tema: Participação da sociedade no processo de democatrização do estado Brasileiro

Lema: Novo Estado, caminho para nova sociedade do bem viver
 

"Ói nóis de vorta"

Aos companheir@s que sempre visitam o nosso espaço e reclamaram da falta de noticias e informações, queremos nos desculpar e agradecer pelo cuidado, sinal que o nosso blog tem sido um importante instrumento de informações.

Mas na verdade estes dois últimos meses foram muito carregados de viagens e de difícil acesso ao micro, o que fez com que não atualizássemos o nosso espaço. Mas as viagens serão aqui socializadas, principalmente nossos encontro com o Frei Carlos Mesters e o Pe. Reginaldo Veloso.


"Óia nóis de vorta"

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

DIOCESE DE ITABUNA REALIZA A SUA ASSEMBLÉIA

Com o tema “A Diocese de Itabuna em estado permanente de missão” e com o lema: “A Igreja existe para evangelizar”, a Diocese de Itabuna realiza de 14 a 16 de outubro de 2011, a 23ª Assembleia Diocesana de Pastoral, no Centro Diocesano de Pastoral.

Segundo o Coordenador Diocesano de Pastoral, padre Acássio Alves, “com este lema, queremos reforçar a identidade de Igreja Universal que se realiza plenamente em nossa Igreja Particular, sobretudo, porque o nossocontexto diocesano, saído das Santas Missões, nos empurra para consolidar a nossa práxis pastoral de uma Igreja viva e dinâmica, que saindo de suas zonas de conforto vai ao encontro de seus filhos em suas necessidades”.

Para a Assembleia, a CNBB propõe, a cada quatro anos, as Diretrizes de Ação Evangelizadora, a fim de orientar as dioceses brasileiras na construção de seu Plano Pastoral, ou seja, o seu planejamento para este período. Por essa razão, a Diocese de Itabuna estará reunida com os seus representantes legais, durante esses dias para planejar os seus próximos quatro anos.

A Assembleia Diocesana de Pastoral é um momento de encontro do Bispo e seu Presbitério, juntamente com todos os Agentes de pastoral, para promover a Pastoral Orgânica da Diocese. “Por tudo isso, acreditamos na força do Espírito Santo e na Sua presença, pois é Ele que nos orientará na construção e execução desse Plano de Pastoral. E, como a Virgem Maria, queremos dizer: "Faça-se a Tua vontade", afirma padre Acássio.

Toda comunidade é convidada a rezar por este momento forte de nossa vida católica.


Para maiores informações:


Pe. Acássio Alves - Coordenador Diocesano de Pastoral
(73) 3673-1167/8106-9746/9979-0912
acassiomaster@hotmail.com


Pastoral da Comunicação - Paróquia Santa Rita de Cássia
oanuncio@paroquiasantaritadecassia.org

MARCHA CONTRA A CORRUPÇÃO ACONTECEM EM TODO O BRASIL

Salvador

Em Salvador, a organização estima que pelo menos 800 pessoas participaram da mobilização organizada pelas redes sociais, principalmente o Facebook, através da página 'nasruas.ba'. Polícia Militar diz que foram 400 pessoas. Os manifestantes saíram do Cristo, monumento localizado no bairro da Barra, por volta das 14h30, em direção ao bairro de Ondina. Eles caminham ao som de gritos de protesto e cantaram o Hino Nacional.

Com bandeiras, apitos, narizes de palhaço e caras pintadas, jovens e crianças levantaram cartazes com frases de protesto contra a corrupção, o voto secreto e a favor da Lei da Ficha Limpa. Advogados e juízes também participaram do ato público. Eles se juntaram à marcha nacional que ocorreu na quarta-feira (12) em varias cidades brasileiras.

Os estudantes secundaristas de escolas particulares da capital estiveram a frente da marcha, o protesto definido como apartidário mobilizou a atenção das famílias que aproveitaram o feriado. Além disso, os estudantes contaram com o apoio de organizações da sociedade civil, como a Ordem dos Advogados do Brasil, que ajudou a custear o carro de som usado no protesto. Entre as bandeiras originalmente determinadas na pauta do movimento – definido pelos grupos online Anonymous, Dia do Basta, Salve Salvador e Nas Ruas -, estavam à aprovação da Lei da Ficha Limpa, o voto aberto dos parlamentares no Congresso, a classificação da corrupção como crime hediondo e a destinação de 10% do Produto Interno Bruto para a educação.

“Queremos mobilizar a sociedade e fazer com que o povo tenha participação política mas ativa, lutando contra a corrupção” destacou o universitário Daniel Santana, criador da comunidade “Nas Ruas Bahia no facebook.

O secretário adjunto da OAB- Bahia, André Godinho, destacou que a presença das pessoas no protesto em pleno feriado mostra a capacidade de mobilização por meio de redes na internet. “estamos mostrando que o povo brasileiro não aceita mais esta corrupção endêmica que assola o País”.

BRASÍLIA

A II Marcha Contra a Corrupção em Brasília conseguiu reunir o público esperado pelos organizadores. A estimativa da Polícia Militar é que 20 mil pessoas participaram do evento, que terminou perto das 13h. A caminhada começou por volta das 11h, na praça entre o Museu da República e a Biblioteca Nacional, com cerca de 4 mil pessoas. O número era bem inferior aos 30 mil que participaram da primeira edição do evento, no dia 7 de setembro. Aos poucos, porém, as pessoas chegaram à Esplanada dos Ministérios.




Os manifestantes, que se organizaram por meio de redes sociais, pedem a constitucionalidade da Lei da Ficha Limpa, que ainda será votada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o fim do voto secreto parlamentar e a continuidade do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Os protestos ocorreram ao longo do dia em pelo menos 28 cidades brasileiras espalhadas por 17 estados.

Símbolos do movimento que pede a limpeza na política, vassouras nas cores verde e amarelo foram distribuídas pelo Movimento Contra a Corrupção para os presentes e recolhidas ao final da manifestação. Um grupo de jovens aproveitou para vender as vassouras durante o evento, sob a justificativa de que o movimento precisava de uma “contribuição”.

Ophir Cavalcante, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), comentou antes do início do evento que esse era um movimento que lutava contra “políticos de rabo preso”. Ele lembrou que a missão dos advogados é “lutar pela liberdade e pela independência”, justificando o apoio da Ordem à manifestação. “Eu desafio a existência de uma entidade dos magistrados e do Ministério Público que defenda um CNJ forte”, ressaltou.

A concentração para o início da passeata foi feita ao som de músicas como “Que país é esse?”, da banda Legião Urbana, e de Chico Buarque. Entre as palavras proferidas pelos organizadores, convocações para que os participantes se sentissem os “novos caras pintadas”, que marcaram a década de 1990 pedindo o impeachment do presidente Fernando Collor.

Ocupando todas as seis faixas da Esplanada que levam à Praça dos Três Poderes – a polícia havia reservado três, mas os manifestantes invadiram as outras – a Marcha seguiu rumo ao STF. Com a bandeira do Brasil à frente do movimento, o grupo parou em frente ao Congresso Nacional e cantou o Hino Nacional. Depois, seguiu para a Praça dos Três Poderes, onde finalizou a manifestação, cantando pela segunda vez o hino brasileiro.

O advogado Osvaldo Gomes, de 68 anos, fez questão de participar do protesto até o final. O paranaense, que veio para Brasília no início da década de 1960, conta que foi do primeiro batalhão da guarda policial da capital federal e que sempre esteve nas “batalhas políticas”. “Eu lembro quando, na ditadura, o sistema quis invadir a OAB e nós abraçamos o prédio e impedimos. Muitos que estavam naquele dia lá estão hoje aqui, nessa manifestação contra a corrupção”, disse orgulhoso.

Fernando Toledo, de 48 anos, não só participou da marcha como trouxe seu filho Henrique, de 6 anos, que carregou a vassoura verde e amarela até o fim do evento. “Trouxe meu filho hoje porque acho importante despertar o patriotismo desde cedo”, argumentou. Já o empresário André Luiz dos Santos, de 50 anos, veio de Minas Gerais para protestar contra a corrupção em Brasília. Luiz percorreu toda a marcha com uma cruz nas costas. “Essa é a cruz do povo brasileiro, que carregamos há muito tempo. A corrupção é a maior violência”, disse.

SÃO PAULO


Entre bandeiras do Brasil e cartazes carregados pelas 5.000 pessoas que participaram da manifestação contra a corrupção na tarde desta quarta-feira, em São Paulo, um grupo de cerca de 20 punks protagonizou cenas de vandalismo que destoaram da celebração à democracia protagonizada pela maioria do público. Os jovens quebraram vidros e jogaram pedras na lanchonete do McDonalds em frente ao Conjunto Nacional, próximo à Rua Augusta, e no Banco HSBC, na altura do número 1.700 da Avenida Paulista.

A marcha saiu da frente do Masp por volta das 15h e, às 16 horas, desceu a Rua da Consolação em direção ao Theatro Municipal. Todas as faixas de trânsito da Avenida Paulista no sentido centro foram ocupadas pelos manifestantes. Na Consolação, somente o corredor de ônibus permaneceu aberto para os veículos. O congestinamento não tirou o bom humor dos motoristas, que buzinavam e interagiam em apoio aos manifestantes. Por volta das 17h, os manifestantes tomaram a escadaria do Municipal, onde encerraram o protesto cantando, em coro, o hino nacional.

Todas as tribos - Como no protesto do dia 7 de setembro, estudantes, motoqueiros, professores, índios, maçons e pessoas das mais variadas tribos e idades caminharam lado a lado. O presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), virou uma espécie de "símbolo da corrupção" para o movimento e foi o alvo preferencial.

Dizendo-se apartidários, os manifestantes também alternaram gritos de "Fora, Lula", "Fora, Serra", com frases como "Político ladrão, seu lugar é na prisão". Entre as reivindicações estão a aprovação da constitucionalidade da Lei da Ficha Limpa, do Voto Distrital, o fim do voto secreto nas votações do Congresso e o fim da impunidade para corruptos.

O povo fala - "A corrupção descarada e a apatia dos brasileiros frente a isso são alguns dos problemas mais graves do nosso país", disse o administrador de empresas aposentado José Aníbal Cruz, 66 anos. Ao lado do filho, Aníbal percorreu na manhã desta quarta-feira os 130 quilômetros que separam a cidade de Taubaté da capital paulista unicamente para participar das manifestações. "Temos que protestar. Não dá mais para ficar em casa".
RIO DE JANEIRO

Declarações de apoio ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e um voto de reprovação aos ‘bandidos de toga’ marcaram a passeata contra a corrupção no Rio de Janeiro, na tarde desta quarta-feira, 12. Se na primeira grande reunião, na Cinelândia, no mês passado, o movimento careceu de foco e propostas claras, o curto período de amadurecimento serviu para aparar arestas e fazer a manifestação ganhar corpo e consistência – mesmo com participação ainda limitada de jovens, tradicionalmente os motores das grandes marchas.

A estimativa dos organizadores é de que a manifestação reuniu 3 mil pessoas na Praia de Copacabana. A Polícia Militar acredita que metade desse contingente tenha de fato comparecido. As duas contas são imprecisas: depois de partir do Posto 4 da orla por volta das 13h40, o movimento ganhou a adesão de muita gente que estava ali inicialmente por lazer, aproveitando o calor tímido de início de primavera. O resultado foi um protesto composto por muitas famílias e, certamente, com efeito de conscientização sobre pessoas não necessariamente adeptas do ativismo.

A cobrança sobre os juízes suspeitos, investigados ou condenados por crimes foi estimulada. À frente da passeata caminharam 12 manifestantes usando togas, lembrando os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) – que são 11. Presidente do movimento Rio de Paz – um dos três grupos organizadores do ato desta quarta-feira –, Antônio Carlos Costa afirmou que representantes da versão carioca da marcha contra a corrupção pretendem estar em Brasília quando o STF for julgar a constitucionalidade da Lei da Ficha Limpa, que deve ocorrer este mês. “Participamos de uma reunião em Brasília para organizar o movimento. Pretendemos voltar à capital para a votação da Ficha Limpa”, disse.

Além do Rio de Paz, integram a marcha o movimento 31 de Julho, o Consciência Cidadã e a Marcha Contra a Corrupção. Depois de uma saraivada de pedidos, as reivindicações da marcha ganharam objetividade. Desta vez, a pauta se resumiu a cinco itens: aprovação da Lei da Ficha Limpa, fim do voto secreto, apoio ao CNJ, transparência nos gastos públicos e combate à impunidade – principalmente contra os crimes do colarinho branco. “Todos perceberam a necessidade de dar foco, para não ficarmos dando murro no ar”, explicou o presidente do Rio de Paz.

Costa lamentou, no entanto, a baixa participação de jovens na passeata. “O povo não tem consciência do poder que tem. Existe um ceticismo muito grande em relação às nossas instituições. Minha esperança é que os que se angustiam com o que acontece no Brasil se disponham a ir às ruas. Isso inaugura uma nova fase no Brasil, caracterizada por maior controle social do Legislativo, Executivo e Judiciário”, afirmou.

Lenice Saraiva, 71 anos, moradora da Lagoa, juntou-se ao protesto. “O que me trouxe é a vontade de fazer alguma coisa para mudar essa situação. É indignação. Já esperamos demais. Devíamos convocar os gays para ajudar”, disse, fazendo uma referência à reunião de milhares de gays, lésbicas e simpatizantes no último domingo, na Praia de Copacabana.

Adolto Vianna, 62 anos, morador da Tijuca, era um exemplo de jovialidade. Estudante de direito, ele criticou a falta de jovens. “A omissão do povo é o que gera essas coisas. Os estádios de futebol, a Cidade do Rock, tudo fica lotado. Mas ninguém vem para combater essa política corrupta”, criticou, usando um nariz de palhaço e faixa com a inscrição “Políticos Ladrões, cadeia neles”.

Símbolo da marcha contra a corrupção, as vassouras verdes e amarelas estiveram presentes. Foram levadas 400 delas, vendidas a 5 reais cada – o valor de custo é de 4,40, mas o acréscimo, segundo os organizadores, facilita o troco.

Para animar a massa a estimular a adesão, não faltaram palavras de ordem, como “Não fique aí parado, você também é roubado”, “Ei, você do mensalão, não pense que esquecemos que você é o ladrão”, “Você não acreditou, o povo se uniu, agora começamos a faxina do Brasil”. Mas o que animou mesmo foi um velho e bem-humorado refrão, transformado em hino contra a roubalheira: “Se gritar pega ladrão, não fica um, meu irmão”, de Bezerra da Silva.

Choque de ordem – No meio do protesto, os participantes usaram a força da multidão para evitar o que consideraram um abuso. Fiscais da operação Choque de Ordem, da prefeitura, tentaram recolher uma carroça de milho verde posicionada no calçadão. A mulher que vendia o milho, desesperada, acabou salva pelos manifestantes, que expulsaram os fiscais com xingamentos e vaia, batendo ainda sobre as viaturas do Choque de Ordem. Os agentes deixaram o local sob proteção policial.



sexta-feira, 7 de outubro de 2011

Câmara de Deputados aprova Estatuto da Juventude

Mesmo envolvido em polêmicas e mudanças no texto principal, o projeto de lei que cria o Estatuto da Juventude foi aprovado na Câmara no dia 05 de outubro de 2011. O texto do estatuto, que ainda precisa passar pelo Senado, considera que são jovens todas as pessoas entre 15 e 29 anos.


Após sete anos de tramitação na Câmara Federal Brasileira, os deputados aprovaram, , a criação do Estatuto da Juventude. Para Daniel Iliescu, presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE), a aprovação "representa um passo significativo para a consolidação das conquistas e direitos da juventude do país”. O projeto de lei 4529/04 segue agora para tramitação no Senado Federal.

Com uma expectativa de aprovação final ainda para este ano, Daniel convoca a juventude a cobrar agilidade e responsabilidade dos senadores para que as conquistas presentes no documento possam ser usufruídas já em 2012. "O Estatuto foi bem costurado entre os deputados e ele chega como consenso para aprovação no Senado”, avalia o presidente da UNE. A aprovação do Estatuto da Juventude teve apenas um voto contrário, o do deputado Jair Bolsonaro, do Partido Progressista (PP).

O Estatuto estabelece princípios e diretrizes para a criação e organização de políticas públicas para brasileiros com idade entre 15 e 29 anos. Na avaliação de Paulo Vinícius, secretário nacionalde Juventude Central de Trabalhadores/as do Brasil (CTB) e membro do Conselho Nacional de Juventude (CONJUVE), a aprovação do instrumento é mais um avanço no reconhecimento legal da juventude como sujeito de direitos.

Vinícius lembra que somente no ano passado, com a aprovação da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Juventude, é que a Constituição Brasileira incorporou a compreensão de que os jovens representam um segmento que demanda políticas públicas específicas. "Tais reconhecimentos representam a base legal de consolidação das políticas de juventude como questão de Estado, superando o âmbito dos governos”, avalia.

Educação, mobilidade urbana, trabalho e renda, criação de Conselho de Juventude são alguns dos temas abordados pela lei. "O Estatuto abre uma janela de oportunidades em termos de políticas públicas transversais para a juventude”, afirma Daniel Iliescu. Ele aponta que o documento favorece a constituição de um Sistema Nacional de Juventude. Daniel destaca que, hoje, há diferentes situações entre governos municipais e estados em relação às estruturas de governos vinculadas à juventude.

Momento histórico

De acordo com Daniel Ilescu, a aprovação do Estatuto da Juventude acontece em um momento histórico inédito no Brasil, o chamado bônus demográfico. A juventude, com idade entre 15 e 29, representa, atualmente, mais de 50 milhões de pessoas na população brasileira. Trata-se do maior percentualmente alcançado na história. Essa curva demográfica, no entanto, tende a modificar com o crescimento, na primeira metade do século, da população acima dessa faixa etária.

Diante desse quadro, Paulo Vinícius avalia que as políticas de juventude devem ser encaradas como um desafio para o desenvolvimento estratégico do Brasil. "Se não houver uma atenção plena a cidadania desses jovens, como se espera alcançar o desenvolvimento?”, questiona. Nesse sentido de pensar estratégias de desenvolvimento, Daniel destaca a realização da Conferência Nacional de Juventude, a ser realizada de 9 a 12 de dezembro deste ano.

O documento cria ainda a Rede e o Sistema Nacional de Juventude, que incluirão os conselhos estaduais de juventude e os sistemas de avaliação e informação sobre a juventude. “Para além da sistematização de direitos e deveres, o estatuto torna as políticas da juventude uma questão de Estado, com um sistema próprio e com recursos próprios”, destacou Manuela D'avila (PCdoB-RS), relatora do Projeto.

A descrição do projeto de lei ressalta que o estatuto não conflitará com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), lei de 1990, que dispõe de direitos aos brasileiros de 12 e 18 anos, ainda que parte da população – que possui de 15 a 18 anos – possa ser abarcada por ambas as legislações.

O Estatuto

Confira alguns pontos presentes no texto do Estatuto da Juventude, de acordo com informações da Câmara Federal:

- Meia-entrada em eventos artísticos e culturais, de entretenimento e de lazer

- 30%, no mínimo, dos recursos do Fundo Nacional de Cultura devem ser destinados preferencialmente a programas e projetos culturais voltados aos jovens.

- Emissoras de rádio e televisão terão de destinar espaços e horários especiais voltados a tratar da realidade social do jovem.

- Poder Público terá de realizar ações voltadas ao preparo para o mercado de trabalho, com prioridade a programas de primeiro emprego e à introdução da aprendizagem na administração pública direta.

- Para articular as diversas políticas de municípios, estados e União direcionadas aos jovens, haverá um Sistema Nacional da Juventude (Sinajuve), coordenado pelo governo federal, com participação de todos os governos.

- Os governos deverão criar conselhos de juventude para colaborar na formulação das políticas públicas.


Para ler o Estatuto na íntegra, acesse:




terça-feira, 4 de outubro de 2011

NOTA PÚBLICA CONTRA AS MENTIRAS DA GLOBO

Recentemente aqui no blog publicamos matéria denunciando as manobras do agro-negócio contra os povos indígenas, mas especificamente, utilizando-se de um dos seus instrumentos de manipulação: a grande mídia, para distorcer os fatos e colocar a sociedade contra os indígenas. Foi o caso da BAND contra a Raposa Serra do Sol (reveja o caso).

Agora foi a vez da Rede Globo, se utilizar de suas estratégias e distorcer fatos, omitir informações, ou seja, fazer o que ele sempre fez e o faz muito bem: MENTIR A SERVIÇO DOS PODEROSOS. 

 A vitima desta vez foi o povo Pataxó no extremo sul da Bahia. Há muito tempo que os Pataxó lutam para recuperar seu território tradicional invadido por latifundiários da região e pelo governo brasileiro com a sobreposição do Parque Nacional do Monte Pascoal sobre suas terras tradicionais. Estrategicamente o agronegócio realiza um mutirão de ações nesta região tentando manter o esbulho do território indígena: Reuniões patrocinadas pela Confederação Nacional da Agricultura com a presença de sua mentora, Kátia Abreu em toda a região. Um intenso processo de denúncias e perseguição contra as lideranças indígenas. E finalmente o ato final com os seus principais “atores”, José Raimundo e Companhia: JN no AR contra os Pataxó.  Objetivo principal da “peça publicitária”: Colocar a sociedade regional contra a comunidade indígena; Ingredientes usados na “peça”: Preconceito, Desinformação, Mentiras, Subserviência ao capital. 

Apesar desta tentativa imoral da Rede Globo, fica claro para quem mora na região, que toda a matéria é uma tentativa fajuta de camuflar os verdadeiros fatos, as agressões ambientais, o aumento da violência, o descaso dos governos aqui existentes no sul da Bahia, que é o avanço desenfreado do agronegócio, aqui representado pelo monocultivo do eucalipto, que não aparece em nenhum momento na “peça publicitária” da  Globo. 

A Federação Indígena das Nações Pataxó e Tupinambá do Extremo Sul da Bahia - FINPAT, na defesa dos Direitos e Interesses das populações indígenas emitiram Nota Pública condenando a postura da Rede Globo de Televisão e solicita que sejam feitas correções nas informações divulgadas. Veja nota pública.