segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Dra. ZILDA ARNS E O HAITI


Mesmo estando de férias não poderia deixar de postar mensagens de condolências a todo o povo haitiano pela enorme tragédia que se abateu mas uma vez sobre aquele pobre e sofrido país. A própria Organização das Nações Unidas definiu a tragédia no Haiti: "O terremoto que atingiu o país caribenho, na terça-feira (12), é a pior catástrofe natural da história, superando inclusive o tsunami que atingiu a Indonésia e países vizinhos em 2004. É uma "catástrofe histórica" e "a pior situação que ONU teve de enfrentar", disse Elizabeth Byrs, porta-voz da Coordenação de Assuntos Humanitários das Nações Unidas".


As informações oficiais, de governos e de organismos como a ONU e a Cruz Vermelha, apontam para uma tragédia sem precedentes. O ministro haitiano da Saúde, Alex Larsen, afirma que já são pelo menos 100 mil mortos e 250 mil feridos, muitos dos quais em estado grave. Como corpos continuam a ser encontrados em meio aos destroços, estimativas mais pessimistas consideram que o total de vítimas do terremoto passe de 200 mil. O temor é que, pela gravidade da situação, epidemias assolem o país e elevem ainda mais o número de óbitos nas próximas semanas.

Não só o povo haitiano teve perdas, houve também perdas no povo brasileiro, entre estas perdas a morte da Dra. Zilda Arns, que se encontrava justamente naquele país para transmitir sua generosidade, sua sabedoria e seus conhecimentos. Tive a oportunidade de compartilhar desta sua simpatia e generosidade por várias vezes, tanto nas aldeias do povo Pataxó Hã-Hã-Hãe no município de Pau Brasil – Bahia, como também em vários encontros da Pastoral da Criança. A Dra. Zilda sempre procurava simplificar as coisas, e também sempre simplificava a sua presença para que se tornassem acessíveis a todas as pessoas que deles precisassem. Dizia que: \"nunca se deve complicar o que pode ser feito de maneira simples\".

Divulgava a necessidade da solidariedade humana transformadora, quando afirmava que \"amar é acolher, é compreender, é fazer o outro crescer\". A Dra. Zilda Arns dizia, também, que \"o trabalho social precisa de mobilização das forças, onde cada um colabora com aquilo que sabe fazer ou com o que tem para oferecer. Deste modo, fortalece-se o tecido que sustenta a ação e cada um sente que é uma cédula da transformação do país\".

Hoje, choramos a perda dessa grande mulher brasileira, que morreu junto aos mais pobres dos povos do continente americano... Junto daqueles que, há muito tempo, já havia entregado seu coração.

O presidente Luís Inácio Lula da Silva, nos diz: “Que a partir do exemplo dela todos nós sejamos mais humanistas e solidários e olhemos com mais carinho para o nosso próximo, porque às vezes com pequenos gestos podemos ajudar. Tenho certeza de que, se perguntasse a ela se faria tudo de novo caso voltasse a viver, ela diria que sim, faria, voltaria ao Haiti. Deus queira que surjam outras pessoas assim no Brasil”.

O Frei Betto nos diz que se milhares de jovens e adultos brasileiros sobrevivem, hoje, às condições de pobreza em que nasceram, devem isso em especial à Dra. Zilda Arns, que merece, sem exagero, o título perene de Mãe da Pátria.

Por fim em meio à tragédia que choca a todo o mundo e agrava de tristeza e dor um dos país mais pobres do continente, nós brasileiros choramos pelas nossas perdas. E, principalmente, pela perda da querida Dra. Zilda Arns.Que seu exemplo continue nos inspirando e nos motivando a construir o País que ela sonhou e ajudou a mudar.








Um comentário:

  1. Bela e justa homenagem a esta brava mulher que soube tão bem seguir os passos de Jesus. Que o exemplo dela possa ser seguido por muitos brasileiros.

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