domingo, 21 de fevereiro de 2010

Que tal colocar o Big Brother 10 no paredão, e elimina-lo de sua vida?



Vamos fazer um teste com nossos amigos perguntando quais temas foram capa dos principais jornais e, se eles souberem responder, vamos dar-lhes os parabéns, agora se eles não souberem, vamos nos sentar e chorar; e por favor, se ao invés disso eles souberem quem está no paredão, quem foi eliminado, quem venceu a prova disso, quem venceu a prova daquilo, ai a coisa será ainda pior, com certeza chora não resolverá a nossa triste situação..

Precisamos aprender a conhecer nossos deveres para depois falarmos em direitos. Outro dia num encontro ouvi uma pessoa falar que os impostos surgiram da década de 30 para cá… Mas espero que essa mesma pessoa esteja se divertindo e que ela tenha falado aquilo na brincadeira.

Enquanto as pessoas se preocuparem com o que o padrão Globo de televisão e demais mídias colocam no ar, o Brasil continuará sendo esse paraíso fiscal, onde as conduções continuarão subindo, a vioilência aumentando, os hospitais públicos continuarão precários e mais, continuaremos sendo tachados de vagabundos pelos nossos próprios políticos e com certeza continuaremos sendo vítimas de alienação.

O que me interessa se fulano é falso? O que me importa se beltrano gosta da fulana, que traiu cicrano que errou com beltrana? Eu quero mais é que o Big Brother Brasil 10 seja eliminado de vez das telas e a partir daí o povo aprender que a política de Júlio César (Pão e Circo) não tem nada a ver, pelo menos não aqui no Brasil. Tomara que não tenha mesmo.

Denilson Cardoso de Araújo, serventuário de Justiça do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro já comentava sobre o BBB 8. (http://jus2.uol.com.br/doutrina/texto.asp?id=12213)

O que defendo, então? Censura? Claro que não! Defendo e clamo pela responsabilidade de governo e emissoras de TV, para que cumpram a Constituição. Se dão o veneno, que dêem o antídoto! E o antídoto para o BBB não é a Favorita, convenhamos. O antídoto está lá, na Constituição: educação, cultura, regionalização, valores! Essa história de "dar ao público o que ele quer" é conversa de publicitário. O que o público quer não é o que dá mais ibope. O que o público quer é o que a Constituição definiu. Se você começar a exibir execuções reais pela TV, haverá público. Para pornografia também. Até para as coisas indizíveis, público haverá. Não faz muito tempo, antes da mancada do Gugu com a falsa entrevista com atores disfarçados de líderes do PCC, a disputa Faustão x Gugu era um lixo. E a audiência, ávida, atrás da baixaria maior.

A Constituição não admite a baixaria. Pelo menos não num veículo de utilidade pública, que deve ser usado para o bem comum e para cumprimento dos objetivos do Estado brasileiro.

Logo, concluindo, o Big Brother, ao divulgar a ética da exclusão, ao privilegiar a mulher-objeto, ao indicar que "pelo jogo" vale tudo, ao ajudar a alimentar a alienação da população com a sedução da ilusória participação telefônica, não ajuda, nesta quadra perigosa da vida nacional, não ajuda na formação de um povo consciente e cidadão. Com o histórico de formação do povo brasileiro, de consolidação do sincretismo de tantas hipocrisias, de edificação do "jeitinho" como modo de sobrevivência, estimular a alienação e incentivar a secundarização da boa fé, o "bom-mocismo" de circunstância, parece ser jogar pólvora no incêndio. Com o carvão que resulta, se escreve num retalho de Constituição que sobra do fogo: -Uma nação alienada, big-brotherizada, não sustenta um Estado de Direito.




Talvez o cordel do companheiro Wescley Calaça expresse melhor este nosso pensamento.
Clique o  link abaixo e o  reflita:
http://haroldoheleno.blogspot.com/

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