segunda-feira, 25 de junho de 2012

Fraude na cadeia produtiva da Bahia Mineração

Quando todo mundo esta preocupado e buscando soluções para as graves violações cometidas contra o meio ambiente, o sul da Bahia parece alheio a esta discussão, pelo menos os politicos locais o governo estadual e municipais estão pouco se lixando para este problema, o que eles querem é o chamado "desenvolvimento a todo custo", o meio ambiente é apenas um detalhe e até muita vezes para eles um "estorvo" que impede o progresso. 

Para quem apoia a bamin é melhor conhecê-la. Quem fraudeia, continuará asssim. Leia a reportagem sobre A PRETENCIOSA SALVADORA DA REGIÃO CACAUEIRA!





FRAUDE NA CADEIA PRODUTIVA DA BAMIN

Fonte: Equipe - Rede Sustentável

Justiça britânica e agências de risco em investimentos na bolsa alertam para problemas legais na aquisição de empresas ao redor do mundo.

O projeto da Eurasian Natural Resources Corporation (ENRC), dona da Bahia Mineração, vai transformar Ilhéus em um dos maiores complexos portuários do Brasil.

O governo da Bahia e os prefeitos da região são favoráveis ao empreendimento.  Mais de 70% dos moradores de Ilhéus também concordam com o porto em sua praia, pois acreditam que vai movimentar a economia. Acreditam na empresa e na sua palavra. Um olhar mais atento para a cadeia produtiva da ENRC mostra, contudo, uma tragédia anunciada.

A ENRC está envolvida em projetos polêmicos no Congo, Zâmbia e Moçambique, onde explora minério de ferro, alumínio, metais não ferrosos e logística. São frequentes as denúncias de crimes ambientais, corrupção e suborno de autoridades.

Em janeiro de 2012, a EIRIS – agência de informações sobre investimento responsável para o mercado de ações, com sede em Londres, lançou um alerta aos seus clientes, informando sobre as sistemáticas denúncias de corrupção envolvendo as filias da ENRC, em diversos países.

Em dezembro de 2011, o Serious Fraud Office (SFO), que integra o sistema britânico de justiça criminal e que tem como missão investigar fraude e corrupção, alertou para a participação da ENRC em fraudes envolvendo a aquisição de empresas em diversos países.

Durante 15 anos, os três principais acionistas foram investigados, na Bélgica, por lavagem de dinheiro. O processo foi suspenso em 2011, depois que os empresários aceitaram pagar indenizações, cujos valores não foram divulgados.

No Congo e em Moçambique, a empresa é acusada de subornar autoridades e de adotar práticas ambientalmente predatórias, inclusive com contaminação, por agentes químicos, das comunidades localizadas no entorno das plantas.

No Cazaquistão, a empresa é investigada por denúncias envolvendo suborno de autoridades.

No há garantias de que a ENRC, no Brasil, adotará uma postura diferente dessa que adota em outros países.  O comportamento da empresa em outros lugares aumenta ainda mais a preocupação de autoridades e ativistas ligados ao meio ambiente e aos direitos humanos.

O Brasil precisa de indústrias para crescer, gerar empregos e melhorar a vida das pessoas que estão em regiões com falta de oportunidades. Autorizar atividades industriais predatórias e poluidoras é o caminho mais fácil. A curto prazo, tudo dá certo.

A longo prazo, o cenário sempre será  terra arrasada.

Usar a criatividade para encontrar formas inteligentes de desenvolver a região não faz parte da cena política baiana, que certamente atua com o aval do governo federal.

fonte blog Rede Sustentável

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