domingo, 6 de junho de 2010

PRISÃO DE GLICÉRIA - MAIS UM ATO DE CRIMINALIZAÇÃO DA LUTA

Um intenso processo de criminalização das lutas e das lideranças dos povos tradicionais, dos movimentos sociais, está em curso no País. (veja materia da Via Campesina) Vemos a cada dia a grande mídia a serviço dos interesses daqueles que sempre detiveram o poder no Brasil, as elites oligárquicas que compram tudo, até seres humanos, como fazia no passado, ainda o faz nos dias de hoje. Este processo violento, excludente, discriminatório e preconceituoso, esta em pleno curso aqui no sul da Bahia. O caso mais emblemático deste crime é a perseguição sistemática e violenta contra o povo Tupinambá de Olivença, em especial a comunidade da Serra do Padeiro localizada nos municípios de Buerarema e Una. Este povo luta para recuperarem seu território usurpado pelos invasores, que hoje se intitulam donos de suas terras, e com a ajuda dos meios de comunicação social, políticos descomprometidos e inescrupulosos e pela total desinformação da sociedade regional que se deixa "engravidar pelo ouvido" a partir da desinformação repassada justamente pela mídia que está  a serviço desta elite, a grande mídia na verdade é bancada, mantida pelo dinheiro dos poderosos, não iam deixar de defender aqueles que lhes mantém. Com esta prática a mídia e seus representantes conseguem mais uma vez transformar vitimas em réus.

O caso mais recente é o da prisão da irmã do cacique Babau, presa no ultimo dia 03/06, no dia de Corpus Christi, Glicéria e seu filho de apenas dois meses foram presos pela PF no aeroporto de Ilhéus, após chegarem de uma reunião da Comissão Nacional de Política Indigenista (CNPI), da qual ela é integrante.

LUTAR !  NÃO É CRIME

Veja nota do Conselho Indigenista Missionário na integra, ela nos dá uma melhor clareza do que vem ocorrendo em nossa região.

Nota do CIMI: http://www.cimi.org.br/?system=news&action=read&id=4709&eid=293

A foto acima: Glicéria Tupinambá, irmã do cacique Babau, amamenta o filho de dois meses à saída do julgamento; ao seu lado, Patricia Pataxó, estudante de Direito que vem acompanhando o caso. Brasília, 1 jun. 2010. Por Daniela Alarcon


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