Os participantes do Seminário Nacional de Atingidos por eventos climáticos extremos, que se reuniram em Brasília nos dias 10 a 12, divulgaram a carta final do encontro destinada à sociedade brasileira e o documento ao Governo brasileiro. Nos dois textos, o grupo relata as discussões realizadas no encontro, seus anseios por iniciativas que lhes protejam das consequências dos desastres climáticos, desafios e propostas a serem implementadas.
A carta relata as discussões travadas no encontro: “Foram enchentes, deslizamentos de terra, tornados, chuvas de granizo, trombas d’água, mudança das marés, assoreamento de rios” e cobra do Governo iniciativas proativas em defesa da vida das pessoas. “Nas áreas vulneráveis os governos tratam a questão com descaso. As políticas de defesa civil não são implementadas, os sistemas de alerta de desastres não funcionam, os governantes usam de forma demagógica o sofrimento das pessoas, e quando os desastres acontecem, a maior parte dos recursos públicos enviados para as comunidades não chegam aos necessitados”, sublinha um trecho do texto.
O documento, por sua vez, está dividido em A Realidade, onde apresenta as problemáticas da degradação ambiental e suas consequências sobre os seres vivos e sobre a terra; Desafios, onde discorre sobre urgências das populações atingidas, necessidade de informação e formação junto às comunidades, garantias de ajudas aos atingidos, e por último, Propostas. Nesse tópico o grupo se preocupou em olhar para o futuro e, a partir das necessidades implementar políticas públicas de educação ambiental, cobrar do poder público responsabilidades em relação às áreas de risco de desastres socioambientais, entre outros.
O Seminário Nacional de Atingidos por eventos climáticos extremos foi promovido pelo Fórum Mudanças Climáticas. Aconteceu no Instituto São Boaventura, em Brasília, e reuniu 50 pessoas.
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