A Articulação Nacional dos Comitês Populares da Copa das 12 cidades-sede, composta por movimentos sociais e populares, entidades, organizações e militantes que defendem uma Copa inclusiva, democrática e sem violações de direitos humanos, vêm a público se manifestar sobre a Lei Geral da Copa. Lançam carta com diversas preocupações e sugestões na condução das questões relacionadas aos Mega Eventos no Brasil.
A Articulação dos Comitês Populares acompanham diariamente o estado de exceção imposto para a viabilização da Copa no Brasil nos moldes ditados pela FIFA. O que se tem visto são populações inteiras sendo atingidas, camelôs sendo proibidos de exercer suas atividades, moradores em situação de rua expulsos, cidades militarizadas, obras superfaturadas, desvio de dinheiro público e a criação de uma base legal que visa ferir a soberania brasileira e os direitos historicamente conquistados.
A Lei Geral da Copa, idealizada pelo então Ministro dos Esportes Orlando Silva e agora em discussão no Congresso Nacional, merece atenção e desconfiança da população, pois prevê:
a) as patentes para a FIFA de nomes e símbolos relacionados à Copa;
b) a supressão dos direitos à meia-entrada e outros direitos do consumidor conquistados;
c) a proibição de atividade em território público, mas considerado pela FIFA como de interesse dos jogos;
d) a substituição do visto consular pelo ingresso vendido pela FIFA como autorização de entrada no país; e, principalmente,
e) pela submissão do Estado brasileiro como responsável por todos os prejuízos da entidade.
Ademais, a Lei Geral também cria novos tipos penais e juizados especiais que servirão para coibir e criminalizar a população brasileira em seu próprio território, colocando os interesses estrangeiros (da FIFA) acima dos nacionais.
A FIFA é uma empresa privada, assim como seu Comitê Organizador Local, e tanto a empresa quanto seus dirigentes são alvo de inúmeras denúncias e investigações internacionais.
Finalmente, o Ministério dos Esportes e o governo brasileiro já autorizaram maior endividamento dos estados e municípios.
Pelo fim dos despejos e das remoções, da violência policial e da perseguição aos trabalhadores informais. Por transporte público, barato e de qualidade para toda a população. Por uma Copa com verdadeiro legado social, com transparência e acesso à informação. Pelo fim da elitização do futebol!
O futebol mobiliza paixões, bem sabemos nós brasileiros(as). Por isso mesmo, é importante que a sociedade participe e se faça ouvir, antes que o jogo termine com a população perdendo de goleada. É preciso perguntar sempre: Copa para quem?
Leia a carta da Articulação dos Comitês na integra, que por sinal está muito boa. clique no link abaixo:
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